O juiz federal Sérgio Moro abriu ação penal da Operação Lava Jato a partir da denúncia apresentada pelo Ministério Público Federal contra o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, a mulher do petista, Marisa Letícia, o empreiteiro da OAS Léo Pinheiro e outros cinco acusados. Lula é acusado corrupção passiva e lavagem de dinheiro no esquema de cartel e propinas na Petrobrás. É a primeira vez que o ex-presidente vai para o banco dos réus. Moro afirmou que o processo aberto ontem é a oportunidade para Lula “exercer livremente sua defesa” e que caberá ao Ministério Público Federal produzir “a prova acima de qualquer dúvida razoável” do envolvimento do petista nos crimes de corrupção passiva e lavagem de dinheiro, dentro do esquema de desvios na Petrobrás. A defesa de Lula apresentou ainda em julho uma exceção de suspeição – ainda não julgada -pedindo o afastamento de Moro por perda de sua imparcialidade para julgar Lula, após ter praticado diversos atos que violaram as garantias fundamentais do ex-Presidente. (Estadão)
Temer: Brasil vive uma estabilidade extraordinária
Em um encontro organizado pelo Conselho das Américas com empresários em Nova York, o presidente Michel Temer buscou restaurar a confiança dos investidores no país. Afirmou que o Brasil vive uma “estabilidade política” extraordinária. Sem citar o governo anterior, disse que a má relação entre o Executivo e o Legislativo foram superadas. Temer citou o déficit e o desemprego como fruto de “medidas que deveriam ter sido tomadas muito tempo atrás, não foram e por isso geraram esta instabilidade financeira”. Defendeu a aprovação das reformas, com o apoio “significativo do Congresso” e a importância do PPI para retomar os investimentos e sair da recessão. (Folha)
Anistia de ‘caixa dois’ envolveu grandes partidos
Ninguém assume a paternidade da proposta, mas a tentativa frustrada para aprovar o texto que criminaliza o caixa dois, mas que poderia abrir brecha para livrar políticos que cometeram essas irregularidades no passado, teve como protagonistas as principais legendas da Câmara, especialmente PSDB, DEM, PP e PT. Rodrigo Maia (DEM-RJ), presidente da Câmara, afirmou que houve erro coletivo, mas não deu nomes e prometeu só colocar a proposta em votação junto com as outras nove medidas contra a corrupção sugeridas pelo Ministério Público (MP). Relatos informam que o assunto esteve presente em conversas nas últimas semanas e propunha anistia ampla e geral não apenas para o caixa 2, alguns defendiam algo mais restrito ao caixa 2 e mesmo ao caixa 1, oficial. O importante seria deixar claro no texto que iriam criminalizar, mas que não valeria para os crimes passados. (O Globo)