Ainda em missão na China, o ministro Henrique Meirelles (Fazenda) reconheceu que o número estimado de 100 mil pessoas no protesto em São Paulo era substancial, mas que “já tivemos manifestações muito maiores”. Os questionamentos ao ministro ainda são uma repercussão da fala do presidente Michel Temer que, no sábado (3), qualificou os protestos de “inexpressivos”, compostos por “40, 50, cem pessoas, nada mais do que isso”. Meirelles afirmou que, mais além dos protestos há “uma confiança externa muito forte no Brasil” entre as lideranças do G20 e que “o importante é mostrar que o ritmo de condução do ajuste econômico está em curso e que ele não sofre nenhuma mudança de direção.” (Folha)
Aliados querem adiamento da reforma da Previdência
O proposta da reforma da Previdência, que está na mesa do presidente Temer, seria apresentada ao Congresso ate o final deste mês. Porém, aliados do presidente alegam que tema pode causar prejuízos aos candidatos do PMDB ou identificados com a gestão Temer. A apresentação do texto coincidiria com o auge das campanhas municipais – o primeiro turno será no dia 2 de outubro – o que jogaria a pressão sobre os parlamentares e poderia gerar um posicionamento contra a reforma. Diante da pressão, o governo deve adiar o envio da proposta. (Estadão)
PF investiga crimes contra fundos de pensão
A Operação Greenfield da Polícia Federal investiga crimes de gestão temerária e fraudulenta contra Funcef, da Caixa Econômica Federal; Petros, da Petrobras; Previ, do Banco do Brasil; e Postalis, dos Correios — quatro dos maiores fundos de pensão do país. Com informações da Previdência o Ministério Público calcula que o rombo chegue a R$ 50 bilhões. Foram 127 mandados judiciais. Sete de prisão temporária, 106 de busca e apreensão e 34 de condução coercitiva em oito estados do país. A Justiça determinou também o sequestro de bens e o bloqueio de ativos e de recursos em contas bancárias no valor aproximado de R$ 8 bilhões. (O Globo)