Apoio ao governo cai em outubro, mas reforma ministerial deve ajudar


A média de apoio ao governo do presidente Michel Temer na Câmara em outubro voltou a cair na comparação com o mês de setembro, passando de 54,56% para 47,67%.

No entanto, o apoio em setembro foi inflado pelas votações relacionadas à Reforma Política. Quando excluímos a Reforma Política da análise (sete votações), o índice cai para 45,79%. Ou seja, adotando esse critério, o índice de adesão de setembro para outubro apresenta uma leve melhora.

No mês passado foram realizadas 11 votações nominais e abertas de interesse do Planalto. O governo venceu todas. A mais importante foi a segunda denúncia da Procuradoria-Geral da República contra o presidente Michel Temer. O governo teve 251 votos a favor e 233 contra. Houve duas abstenções e 25 ausências.

Em termos partidários, somente quatro legendas – todas com menos de 10 deputados – tiveram índice de apoio superior a 60%. Os principais partidos aliados, inclusive o PMDB, ficaram entre 50% e 59%.

Vale ressaltar que o PSDB, que vive um dilema interno sobre se continua ou não no governo, apresentou índice de apoio ligeiramente superior ao do PMDB (55,94% contra 54,09%).

A seguir, veja o comportamento de cada legenda em matérias de interesse do governo em outubro.

Reforma ministerial ajuda Previdência

A saída de Bruno Araújo do Ministério das Cidades era mais do que esperada. A recomendação do ex-presidente Fernando Henrique Cardoso para que a legenda deixasse o governo fortaleceu o grupo que defendia o desembarque.

Os que permanecem no Ministério – Aloysio Nunes, Relações Exteriores; Luislinda Valois, Direitos Humanos; e Antonio Imbassahy, e Secretaria de Governo – devem tomar decisão semelhante em breve.

A saída do PSDB facilita a vida do presidente Michel Temer. Uma reforma ministerial era esperada para breve e agora foi antecipada.

A pasta das Cidades deverá ser ocupada por um indicado do PP, que integra o Centrão. A mudança poderá ajudar o governo na negociação visando a Reforma da Previdência. O Centrão, grupo de cerca de 200 deputados, condicionava seu apoio à reforma em troca de mais espaço no Ministério. Mesmo fora do governo, o PSDB deve apoiar a mudança na Previdência.

Apesar da mexida no Ministério a aprovação da proposta continua difícil. A Arko Advice mantém seu prognóstico de aprovação entre 30% e 40%, mas com viés de alta.

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