Agenda pós-eleição municipal


Passada a eleição municipal de outubro e restando pouco mais de 30 dias para o início do recesso parlamentar, o governo concentra forças em alguns temas principais.

O primeiro é a PEC dos Gastos. O esforço é para concluir este ano a tramitação da Proposta de Emenda à Constituição que impõe um limite para os gastos públicos. O cenário é favorável ao cumprimento do cronograma, que prevê votação final até o dia 13 de dezembro no Senado.

O governo precisa também concluir as negociações com entidades sindicais e governadores sobre a Reforma da Previdência. Se o texto não for encaminhado até o dia 22 de novembro, ficará difícil aprová-lo ainda este ano pelo menos na Comissão de Constituição e Justiça. O histórico das reformas previdenciárias de FHC e Lula, além da própria PEC dos Gastos, mostra que essa primeira etapa leva pelo menos um mês para ser concluída.

Outro esforço do governo é para concluir a votação do Orçamento da União de 2017 antes do recesso do Legislativo.

A sucessão na presidência da Câmara e do Senado é outro ponto importante dessa agenda política pós-eleição. Na Câmara, há uma disputa intensa pelo posto hoje ocupado por Rodrigo Maia (DEM-RJ), que tenta construir um argumento jurídico capaz de viabilizar sua candidatura à reeleição. No Senado, o caminho parece menos nebuloso: Eunício Oliveira (PMDB-CE) é o mais cotado para ocupar o lugar de Renan Calheiros (PMDB-AL).

Pelo menos dois eventos estão marcados como parte de uma agenda positiva do governo. A Secretaria de Aviação Civil (SAC) trabalha com a expectativa de publicar em novembro o edital para o leilão dos aeroportos de Fortaleza, Salvador, Porto Alegre e Florianópolis. Conforme definido pelo Programa de Parcerias de Investimentos (PPI), haverá um prazo de 100 dias entre a publicação do edital e a realização do leilão. Além disso, o BNDES deve anunciar em dezembro medidas voltadas para as micro, pequenas e médias empresas.

PEC dos Gastos terá seu primeiro teste no Senado

Na quarta-feira (09), a CCJ vota o parecer do relator, Eunício Oliveira (PMDB-CE), à PEC que impõe um teto para o gasto público. Ele mantém o texto da Câmara. Levantamento da Arko Advice aponta para vitória tranquila do governo. Se todos os titulares estiverem presentes, a proposta será aprovada com 19 votos a favor (incluindo o presidente da CCJ) e oito contra.

Veja a tendência de voto dos integrantes da Comissão.

Postagens relacionadas

Institutos de pesquisa confrontam os likes do Twitter de Bolsonaro

Institutos de pesquisa confrontam os likes do Twitter de Bolsonaro

Possível liberação do aborto de fetos com microcefalia pelo STF é criticada na CAS

Usamos cookies para aprimorar sua experiência de navegação. Ao clicar em "Aceitar", você concorda com o uso de cookies. Saiba mais