As peças publicitárias do PMDB que estão sendo veiculadas nos meios de comunicação desde a última quinta-feira (16) sinalizam que o partido tentará transformar a melhora nos indicadores da economia em um dos pilares da agenda do presidente Michel Temer.
As inserções do PMDB enfatizam que a “trama contra Temer foi desmontada. A verdade venceu”, numa referência às investigações sobre corrupção comandadas pela Procuradoria-Geral da República que envolviam o presidente e outros políticos do partido.
O tema central dos comerciais é o foco dado à retomada do caminho do crescimento. O partido deu ênfase à queda da inflação e dos juros, ao aumento da geração de empregos e à elevação do poder de compra. A mensagem ficou à cargo de Eunício Oliveira, presidente do Senado e Romero Jucá, líder do governo na casa.
Também foi lembrado que o atual governo “tirou o Brasil do vermelho”, numa referência à herança negativa deixada pela ex-presidente Dilma Rousseff (PT), sobretudo na economia. Como forma de ilustrar a tese, foi feita uma comparação entre os indicadores econômicos do último um ano e meio, período que coincide com o impeachment de Dilma, e a chegada de Temer ao comando do país.
Propondo uma mensagem de futuro, as peças publicitárias do PMDB ressaltam que é o momento de “seguir em frente” e que “agora é avançar”.
Aliado à questão da economia, o tema das reformas é outro pilar do governo Michel Temer no que diz respeito a essa agenda. Além da Reforma Trabalhista, em vigor desde a semana passada, o Palácio do Planalto aposta suas últimas fichas na Reforma da Previdência.
Caso obtenha sucesso, Temer conseguirá chegar ao fim de seu mandato cumprindo duas importantes metas: colocar o país nos trilhos e avançar nas chamadas reformas modernizantes.
Perspectivas futuras
Como a percepção da melhora dos indicadores econômicos ainda não é totalmente percebida pela população e as reformas, num primeiro momento, parecem impopulares, a tendência é que a popularidade do presidente continue baixa. Temer, porém, está avançando na construção de uma agenda que poderá viabilizar duas questões importantes:
- a construção de um candidato para a sua sucessão (seja o próprio presidente concorrendo à reeleição ou então a escolha do ministro da Fazenda, Henrique Meirelles);
- a criação de um legado que será percebido de médio a longo prazo pela opinião pública.