Dados do Ministério da Saúde revelam que, no Brasil,, a cada quatro minutos, uma mulher é agredida por, pelo menos, um homem e sobrevive. Em 2018, mais de 145 mil casos de violência (física, sexual, psicológica etc) foram registrados. Os dados contam apenas as vítimas que sobreviveram e, portanto, não incluem os feminicídios.
Segundo dados do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea), em 2017 houveram 4.396 assassinatos de mulheres no Brasil (feminicídios). De acordo com o Sinan (Sistema de Informação de Agravos de Notificação), 68% das vítimas de violência (física, sexual, psicológica, entre outras), são mulheres.
Houve um aumento nos registros dos casos de violência nos últimos anos. De acordo com a socióloga Wânia Pasinato, não fica claro se de fato houve um aumento nos casos de violência contra a mulher ou se a sociedade está mais mobilizada e sensibilizada quanto à violência de gênero e, por isso, realizando mais denúncias e notificações.
Os dados não revelam os marcadores sociais das vítimas. Não é possível identificar cor, etnia, classe social ou outras especificidades que marcam a violência interseccional vivida por mulheres brasileiras. Para realizar denúncias, o Ligue 180 (Central de Atendimento à Mulher) recebe ligações gratuitas de casos de violência de gênero.