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Juros baixos no exterior podem tornar infraestrutura atrativa

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Ao participar do I Seminário de Competitividade do Setor de Infraestrutura, na quarta-feira passada, na sede do Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (DNIT), em Brasília, o ministro da Infraestrutura, Tarcísio de Freitas, disse que projetos nessa área poderão se beneficiar da queda das taxas de juros em outros países.

Isso porque, segundo ele, o Brasil pode se tornar uma opção mais rentável para investidores estrangeiros. “Estamos em um momento extremamente favorável, em que o mundo vem se encolhendo e desacelerando”, discursou. Mas para que possa se beneficiar,ele acredita ser fundamental que o país continue apresentando projetos organizados, sofisticados e com estratégia bem planejada.

“Isso, para nós, representa oportunidade. A desaceleração acontece por motivos como polarização política, envelhecimento da população, guerra comercial. No final das contas, isso tem provocado resposta das economias centrais por meio da redução das taxas de juros. Como consequência, nossos projetos para o setor de infraestrutura acabam ficando mais atrativos”, disse.

Durante o seminário Integridade e Transparência, promovido pela Associação Brasileira de Sindicatos e Associações de Infraestrutura (Brasinfra), também em Brasília, foi lançado o Instituto Brasileiro de Autorregulação do Setor de Infraestrutura (Ibric), entidade formada por 20 empresas que busca criar mecanismos para autocontrole das empresas, algumas delas envolvidas na Operação Lava-Jato.

Na ocasião, o ministro afirmou que o momento é adequado e oportuno para a adoção de um projeto como esse,lançado para o setor.  Tarcísio de Freitas relatou ainda ter ouvido de representantes dos grandes fundos internacionais com os quais tem se reunido que os problemas de compliance das companhias nacionais afastam investidores financeiros do programa de concessões.

“Temos que mostrar que demos a volta por cima, que aprendemos e incorporamos as lições do passado”, afirmou o ministro, acrescentando que o sistema de leniência no Brasil não pode “matar a engenharia”. Ele informou que tem garantido aos investidores que o país possui empresas de engenharia qualificadas para parcerias, mas é necessário “dar o passo correto em direção aos acordos de leniência”.

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