Início » Vitória do PT traz incertezas sobre privatização do porto de Santos; processo está no TCU

Vitória do PT traz incertezas sobre privatização do porto de Santos; processo está no TCU

A+A-
Reset
DestaqueEconomiaEleiçõesGovernoInfraestruturaPolítica

Questões técnicas e políticas podem inviabilizar a realização do leilão de privatização da empresa que administra o porto de Santos (Santos Port Authority – SPA) neste ano, como o governo sempre defendeu e que seria a maior operação do gênero já feita.

A eleição do candidato do PT, no domingo (30), o ex-presidente Lula, que caminha para seu terceiro mandato, trouxe dúvidas em relação ao andamento da proposta. No momento, os estudos da privatização da SPA encontram-se em análise no TCU.

Apesar do modelo de privatização de terminais portuários ter sido definido com o leilão da Cia. Docas do Espírito Santo (Codesa), leiloada no fim de maio passado, o processo envolvendo o porto de Santos é mais complexo. O governo admite recuar dos planos de privatizar o porto, caso isso seja pedido pela equipe de Lula.

O relator do processo no TCU, o ministro Bruno Dantas, que preside interinamente o tribunal e será o presidente efetivo no próximo ano, assegura que segue trabalhando com a intenção de encerrar o processo no fim deste mês.

Informou que pediu à área técnica do TCU que apresente seu relatório até o fim desta semana. Mas apontou que ainda há necessidade de avaliar questões técnicas que seguem pendentes no processo.

Como o tribunal funciona de forma colegiada, pode ocorrer de algum ministro pedir vista, quando o processo estiver sob análise do plenário, após a exposição do parecer a ser apresentado pelo relator.

Na segunda-feira (31), o TCU promoveu um encontro para tratar do assunto. Presente ao evento, o ministro da Infraestrutura, Marcelo Sampaio, afirmou que o governo se empenha para ter o processo aprovado no prazo previsto (nesse mês). O ministro, afirmou que vai avaliar os pedidos de mudança e que o processo será feito “com responsabilidade e transparência”.

O ministro mencionou investimentos previstos na casa dos R$ 20,3 bilhões para manter e expandir as operações do maior terminal portuário da América Latina.

“Nós estamos na busca também de trazer a eficiência e a expertise do setor privado para operação do Porto de Santos, maior concorrência e competitividade intraporto e interporto. Estamos trabalhando na redução dos custos portuários e na expansão da capacidade e infraestrutura dos serviços de melhoria pública do porto”, afirmou.

No encontro ocorrido no TCU, representantes de associações ligadas ao setor portuário solicitaram alterações na proposta em análise, envolvendo a concessão do porto. O prefeito de Santos, Rogério Santos (PSDB), também reclamou do processo.

eleições 2022Governo de transiçãoporto de santos

Usamos cookies para aprimorar sua experiência de navegação. Ao clicar em "Aceitar", você concorda com o uso de cookies. Aceitar Saiba mais