TSE vai retomar na terça que vem julgamento de ação envolvendo o ex-presidente Bolsonaro

Foto: Marcelo Camargo/Agência Brasil

O julgamento da ação que pode deixar o ex-presidente Jair Bolsonaro inelegível foi suspenso, após a leitura do relatório do corregedor-geral da Justiça Eleitoral, ministro Benedito Gonçalves, e as manifestações dos advogados do PDT, autor da ação, e do ex-presidente. O processo também inclui o então candidato a vice, o ex-ministro da Defesa, general Walter Braga Netto.

O vice-procurador-geral Eleitoral, Paulo Gonet Branco, defendeu a inelegibilidade de Bolsonaro, mas argumentou que Braga Netto não deve ser condenado na ação. O TSE retoma a análise na terça-feira da próxima semana (27).

Se os ministros do TSE confirmarem a inelegibilidade de Bolsonaro, seu herdeiro tende a ser o governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Rep). A avaliação é de que ex-ministro da Infraestrutura e Bolsonaro terá três anos pela frente para definir estratégias, angariar aliados, inaugurar obras e bater o martelo na Bolsa de Valores em novas concessões à iniciativa privada.

Tarcísio venceu a eleição de 2022 com a roupagem de “bolsonarista moderado”, mas vem dando sinais de seu distanciamento da extrema direita. Ontem, o presidente do PL, Valdemar da Costa Neto manifestou-se publicamente após a prorrogação do julgamento pelo TSE; Ele convocou reuniões com todos os diretórios locais do partido no país “para fortalecer a legenda”.

Disse que se trata de momento “em que precisamos nos unir, o PL é um partido de direita. Faremos reuniões com nossos deputados por todo o país. Isto começará na segunda, em São Paulo, onde Bolsonaro estará para uma visita à Assembleia Legislativa do estado”, afirmou.

Costa Neto disse que a militância bolsonarista “não vai admitir injustiças com o capitão”, reiterou a convicção de que Bolsonaro não ficará inelegível. No primeiro dia do julgamento da ação que pode deixa-lo inelegível, Bolsonaro esteve em Porto Alegre para reunir-se com seus seguidores.

Bolsonaristas tentam ainda mitigar a falta de mobilização nacional pela absolvição do ex-presidente, como o presidente do PL, Valdemar Costa Neto, e o ex-ministro da Casa Civil Ciro Nogueira (PP) insistiram nos últimos meses que ocorreria, caso Bolsonaro fosse mesmo julgado.

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