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STF forma maioria para descriminalizar porte de maconha para uso pessoal

Julgamento no STF já conta com votos de nove ministros; questões sobre quantidade limite ainda estão em debate

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O STF formou maioria para descriminalizar o porte de maconha para uso pessoal após o voto do ministro Dias Toffoli nesta terça-feira (25). Nove ministros já se manifestaram no julgamento iniciado em 2011 e paralisado por oito anos.

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Toffoli, durante sessão no STF – Foto: Andressa Anholete/STF/20-06-2024

Dias Toffoli, que votou na semana passada, reforçou que “nenhum usuário de droga deve ser criminalizado“. Porém, o ministro afirmou que seu voto é claro sobre a constitucionalidade do artigo 28 da Lei de Drogas de 2006, que criminaliza o porte de drogas para uso pessoal.

Até agora, cinco ministros – Gilmar Mendes, Luís Roberto Barroso, Alexandre de Moraes, Rosa Weber (aposentada) e Edson Fachin – votaram pela descriminalização do porte de maconha para uso pessoal. Em oposição, Nunes Marques, André Mendonça e Cristiano Zanin consideraram a lei constitucional.

STF deve limitar quantidade

No entanto, todos os nove ministros concordam que deve haver uma quantidade limite de cannabis para presumir que o portador é usuário, e não traficante. Sete ministros acreditam que o STF deve definir essa quantidade, enquanto dois sugerem que outras instituições, como o Congresso Nacional e a Anvisa, devem fazê-lo.

Gilmar Mendes, Barroso, Moraes e Rosa Weber propuseram um limite de 60 gramas ou seis plantas fêmeas, enquanto Zanin e Nunes Marques sugeriram 25 gramas. Fachin e Mendonça preferem que o Congresso defina o limite, mas Mendonça sugeriu um critério provisório de 10 gramas até que os parlamentares decidam.

Dias Toffoli pediu que o Executivo e o Legislativo regulamentem os pontos da Lei de Drogas, incluindo critérios para distinguir usuários de traficantes, em até 18 meses. Os ministros Luiz Fux e Cármen Lúcia ainda devem se manifestar para finalizar o julgamento.

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