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Servidores do INSS entram em greve por tempo indeterminado

Categoria reivindica recomposição salarial, melhores condições de trabalho e reestruturação de carreiras

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Nesta terça-feira (16), os servidores do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) iniciaram uma greve por tempo indeterminado. Entre as principais reivindicações da categoria estão a recomposição de perdas salariais e melhores condições de trabalho.

greve INSS

Servidores já haviam alertado sobre possível greve – Foto: Agência Brasil/Reprodução

A Fenasps decidiu pela paralisação em uma plenária nacional no sábado (13). A entidade já notificou o Ministério da Gestão e Inovação em Serviços Públicos sobre a possibilidade de greve e agendou uma nova rodada de negociação para terça-feira.

Segundo a Fenasps, as propostas apresentadas pelo governo até agora não trouxeram grandes avanços. No documento divulgado, a entidade critica a extensão da carreira e a criação de uma gratificação de atividade, medidas consideradas insuficientes diante das perdas salarias que ultrapassam 53% no período recente.

As demandas da categoria incluem a recomposição salarial, reestruturação de carreiras, cumprimento do acordo de greve de 2022, reconhecimento da carreira do Seguro Social como típica de Estado, exigência de nível superior para Técnico do Seguro Social, incorporação de gratificações, jornada de 30 horas, revogação de normas contra o teletrabalho e um programa de gestão de desempenho.

Além disso, a entidade demanda melhores condições de trabalho, fim do assédio moral institucional e reestruturação dos serviços previdenciários. Atualmente, o INSS conta com 19 mil servidores ativos, dos quais 15 mil são técnicos responsáveis pela maioria dos serviços e 4 mil são analistas. Cerca de 50% dos servidores ainda estão em trabalho remoto.

Propostas para o fim da greve no INSS

Greve

Ministra da Gestão e Inovação em Serviços Públicos, Esther Dweck – Foto: Jose Cruz/Agência Brasil

O Ministério da Gestão e Inovação em Serviços Públicos propôs um aumento acumulado de 24,8% entre 2023 e 2026 para servidores ativos e inativos. Segundo o ministério, esse aumento cobre as perdas inflacionárias do governo atual e parte das perdas de gestões anteriores.

Por fim, a proposta também inclui a extensão da carreira, a manutenção de ingresso para níveis superior e intermediário. Além disso, prevê a valorização do vencimento básico e a criação de uma gratificação de atividade, que substituirá a Gratificação de Atividade Executiva (GAE).

O governo tem realizado um grande esforço para atender às reivindicações de reestruturação das carreiras de todos os servidores federais, respeitando os limites orçamentários”, afirmou o ministério em nota.

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