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Pesquisa XP: Avaliação negativa do governo atinge 54% e Lula mantém vantagem para 2022

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A nova rodada da pesquisa XP/Ipespe divulgada nesta terça-feira (17/8) mostra um desgaste na avaliação do governo Jair Bolsonaro e na imagem do presidente. O percentual negativo (ruim/péssimo) atingiu 54%, dois pontos a mais que o registrado em julho.

Embora a oscilação esteja dentro da margem de erro – 3,2 pontos percentuais para mais ou para menos – o índice negativo registra uma forte escalada desde janeiro, quando o percentual era de 31%. Ou seja, nos últimos sete meses, a avaliação negativa do governo cresceu 23 pontos.

A avaliação positiva (ótimo/bom), por outro lado, soma 20%, praticamente o mesmo percentual de julho (21%). Nota-se que apesar do desgaste vivido pelo governo, Jair Bolsonaro ainda preserva uma base social consolidada. A avaliação negativa, por sua vez, oscilou de 25% para 23%.

O aumento da avaliação negativa do governo pode ser explicado pela economia. Segundo a sondagem, 63% dos entrevistados entendem que a economia “está no caminho errado”, o que pode ser atribuído, principalmente ao aumento da inflação. Já 27% avaliam que a economia “está no caminho certo”.

Também tem jogado contra Bolsonaro a estratégia do confronto institucional. De acordo com a XP/Ipespe, o voto impresso, por exemplo, embora tenha 36% dos entrevistados se posicionando favoráveis a essa tese, a maioria (58%) é contrária.

Lula lidera votos no 2° turno

Nos dois cenários de primeiro turno, a liderança é do ex-presidente Lula (PT). Em segundo lugar aparece o presidente Jair Bolsonaro (Sem partido). A terceira via ainda têm baixa adesão eleitoral.

No primeiro cenário, Lula aparece com 40% das intenções de voto. Bolsonaro soma 24%. Os ex-ministros Ciro Gomes (PDT) e Sergio Moro (Sem partido) aparecem tecnicamente empatados, com 11% e 9%, respectivamente. O também ex-ministro Luiz Henrique Mandetta (DEM) e o governador Eduardo Leite (PSDB-RS) registraram 4% cada um. Brancos, nulos e indecisos somam 9%.

No segundo cenário, Lula tem 37%. Bolsonaro soma 28%. Ciro tem 11%. Mandetta, o governador João Doria (PSDB-SP) e o apresentador José Luiz Datena (PSL) somam 5% cada. O presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (DEM-MG), aparece com 1%. Brancos, nulos e indecisos somam 9%.

Nas simulações de segundo turno, o presidente Jair Bolsonaro seria derrotado por praticamente todos os potenciais adversários. Bolsonaro seria derrotado por Lula (51% a 32% em favor do ex-presidente), Ciro (44% a 32%), Moro (36% a 30%) e Mandetta (38% a 34%). O presidente empataria – apesar de aparecer numericamente atrás – com Doria (37% a 35% em favor do governador paulista) e Leite (35% a 33% a favor do governador gaúcho). Lula, além de Bolsonaro, também venceria Moro (49% a 34%), Ciro (49% a 31%) e Leite (51% a 22%).


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