O deputado Eduardo Bolsonaro (PSL-SP) afirmou, em uma entrevista a um canal do YouTube, que em caso da radicalização da esquerda no Brasil, a resposta poderia ser “um novo AI-5” (Ato Institucional nº 5).
A declaração gerou reações de diversos líderes e por isso, cinco partidos vão pedir a cassação do líder do PSL na Câmara. Jair Bolsonaro afirmou que não apoia a fala do filho e que a cobrança deve ser à ele, que é independente.
O AI-5 foi editado no período mais duro da ditadura militar, em 1968, que fechou imediatamente e por tempo indeterminado o Congresso Nacional e as assembleias legislativas dos estados, além de paralisar os direitos constitucionais.
O líder da oposição, deputado Alessandro Molon (PSB-RJ) afirmou que a declaração do filho do presidente fere o decoro parlamentar e por isso, deve ter seu mandato cassado. “Ele está usando a imunidade parlamentar para defender o fim da democracia e da Constituição que ele jurou defender”, afirmou Molon. Além disso, o deputado Ivan Valente (PSOL-SP) afirmou que o partido irá apresentar uma notícia-crime no Supremo Tribunal Federal.