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O desafio da construção de maioria

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Nesta semana, o presidente Luis Inacio Lula da Silva irá conversar com Arthur Lira, presidente da Câmara dos Deputados e principal nome do Centrão. Sobre a organização do apoio político no Congresso.

Em 2022, a coligação que elegeu o presidente Lula (PT) era formada por dez partidos: PT, PSOL, Rede, PSB, PCdoB, PV, Agir, Avante, Pros e Solidariedade. Juntos, eles elegeram uma bancada modesta, tanto na Câmara quanto no Senado: 121 deputados e apenas 12 senadores.

Era evidente, portanto, a necessidade de ampliar o apoio no Congresso. Por isso foram convidados para fazer parte da equipe ministerial MDB, PDT, PSD e União Brasil. Assim, o número de aliados passou, pelo menos no papel, para 284 na Câmara e 49 no Senado.

Contudo, o governo continuou enfrentando problemas. O União Brasil, que comanda o Ministério das Comunicações e o do Turismo, não se sentia representado. Lula teve que demitir Daniela Carneiro e nomear o deputado federal Celso Sabino (União-PA) para o Turismo. Com isso, a expectativa é de que o nível de apoio aos projetos de interesse do governo aumente.

Agora está sendo negociado espaço para PP e Republicanos. Com isso, no papel, a base do governo pode dar um salto para 374 deputados e 59 senadores. Mas haverá dissidências nas duas legendas. É o caso, entre outros, do ex-vice-presidente Hamilton Mourão (Republicanos) e do ex-ministro da Casa Civil de Jair Bolsonaro, Ciro Nogueira (PP).

Porém, qualquer que seja o resultado do entendimento, dificilmente o apoio obtido será integral ou mesmo majoritário em todas as votações de interesse do governo.

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