Em entrevista à TV Brasil, o novo diretor-adjunto da Agência Brasileira de Inteligência (Abin), Marco Cepik, informou que a direção da agência vê com – tranquilidade – a possibilidade de esclarecer possíveis irregularidades apontadas pela Polícia Federal (PF). De acordo com Marco, não há risco de obstrução desse processo por parte da administração. As afirmações ocorreram nessa quinta-feira (1º).
– A direção vê com a máxima tranquilidade e com entusiasmo o completo esclarecimento do que aconteceu aqui durante a gestão de Ramagem – pontuou Marco.
Leia mais! STF: PACHECO SOLICITA LISTA DE VÍTIMAS DE ESPIONAGEM ILEGAL DA ABIN
Na última terça-feira (30), após o presidente Lula exonerar Alessandro Moretti, Marco Cepik foi indicado ao cargo. A demissão ocorreu após a PF deflagrar operação, que investiga suposto esquema de espionagem irregular dentro da Abin, durante o governo de Bolsonaro. À época, a agência era comandada pelo deputado federal Alexandre Ramagem (PL-RJ).
Um dos alvos da PF é o vereador Carlos Bolsonaro (Republicanos-RJ), pois, de acordo com a polícia, as investigações têm apontado que opositores do ex-presidente teriam sido monitorados ilegalmente. De acordo com o deputado federal Eduardo Bolsonaro, por meio de redes sociais, a operação é – ato ilegal e imoral –.
Corregedoria da Abin
Durante a entrevista, Marco informou que se há participação de servidores da Abin nas ações de espionagem, a investigação será conduzida pela Corregedoria da Abin, bem como Corregedoria-Geral da União. Além disso, pela Polícia Federal.
– Se essa ferramenta foi utilizada, queremos saber para que, quando, por quê, com que finalidade, não importa quem foi, se forem servidores mais antigos, mais jovens, se forem policiais federais que estavam ocupando cargos comissionados aqui na gestão Ramagem, tudo isso vai ser devidamente esclarecido – finalizou Marco.