O ministro da Infraestrutura, Tarcísio de Gomes de Freitas, confirmou a existência de estudos para a fusão de Infraero, Valec e Empresa de Planejamento em Logística (EPL) em uma só empresa de logística na estrutura do ministério. Os estudos ainda estão “em fase embrionária” e devem durar até oito meses.
O ministro afirmou que, caso a pertinência da fusão das três estatais seja atestada, o processo de unificação deve acontecer logo. “Acho que a gente vai levar talvez seis ou oito meses fazendo o estudo. A fusão em si é muito fácil, muito rápida de fazer, porque o governo é acionista único de todas elas”, disse.
A extinção da EPL já foi cogitada, mas a empresa vem sobrevivendo, assumindo as funções de planejamento de transporte.No início do ano, Tarcísio de Freitas havia falado em fundir duas agências vinculadas ao ministério ligadas à fiscalização de transportes: ANTT (rodoviário) e Antaq (aquaviário). Mas desistiu do projeto.
A intenção, segundo o ministro, é que as capacidades de cada empresa sejam valorizadas. A Valec terá funções no novo formato de operação das ferrovias, ao administrar o direito de passagem em diferentes malhas. Atualmente, ela cuida da construção da Ferrovia Oeste-Leste (Fiol), na Bahia. Até recentemente, tinha sob sua guarda as obras da Ferrovia Norte-Sul, privatizada em março deste ano.
A Infraero pode prestar serviços de aviação regional na Base de Lançamentos de Alcântara, no Maranhão, enquanto a EPL deve atuar na estruturação de projetos de concessão. “No momento, a gente está buscando sinergias, concentrar serviços que são comuns em um mesmo locus, buscando eficiência administrativa, enxugamento de despesas e manutenção das atividades”, disse Gomes de Freitas.
Encerrada essa etapa, será a vez de submeter a conclusão dos estudos de união das estatais às suas assembleias, cuja acionista majoritária é a União.Apesar da possibilidade de essas estatais se fundirem, não há perspectiva de demissão. O ministro garantiu que o quadro de funcionários das três empresas será mantido.