A CPI da Pandemia, instalada hoje no Senado Federal, deve começar seus trabalhos ouvindo todos aqueles que ocuparam o cargo de ministro da Saúde durante o governo Bolsonaro. Na quinta-feira (29), haverá reunião para votação de requerimentos.
A primeira audiência deve ser realizada já na próxima terça-feira (4), e deve ouvir Luiz Henrique Mandetta. O ex-ministro foi demitido em abril de 2020 por ter uma visão diferente de Jair Bolsonaro em relação ao combate à pandemia.
Enquanto o presidente se preocupava com a economia, Mandetta era defensor de medidas de isolamento mais rígidas e se recusava a compactuar com o uso de cloroquina contra a covid-19, já que o medicamento não tem eficácia científica comprovada contra a doença.
Em seguida serão ouvidos Nelson Teich, Eduardo Pazuello e, por fim, Marcelo Queiroga.
Também está na lista de possíveis convocados neste primeiro momento o presidente da Anvisa, Antônio Barra Torres.
Além de marcar as oitivas, a comissão vai solicitar ao governo uma série de informações: sobre a aquisição de vacinas, o isolamento social, a compra e indicação de medicamentos sem eficácia comprovada, sobre gastos com comunicação e sobre recursos repassados a estados e municípios. Também serão solicitados documentos e informações sobre a crise no Amazonas, dados colhidos pelo STF em investigações sobre a propagação de fake news e por parlamentares por meio da CPI das Fake News.