Pesquisa Ipespe divulgada nesta quarta-feira (3) sobre a sucessão de 2022 mostra que a polarização entre o ex-presidente Lula (PT) e o presidente Jair Bolsonaro (Sem partido) segue inalterada.
O Ipespe testou dois cenários sobre 2022. No primeiro, Lula lidera com 42% das intenções de voto. Bolsonaro aparece em segundo lugar com 28%. O ex-ministro Ciro Gomes (PDT) está em terceiro lugar, com 11%. O governador de São Paulo, João Doria (PSDB), registra 4%. O ex-ministro Luiz Henrique Mandetta (DEM) tem 3%. E o presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD), soma 2%.
Doria, Mandetta e Pacheco aparecem empatados em função da margem de erro da pesquisa (dois pontos percentuais para mais ou para menos). Brancos, nulos e indecisos totalizam 10%.
No segundo cenário, Lula lidera com 41%. Bolsonaro registra 25%. Ciro tem 9% e aparece tecnicamente empatado com o ex-ministro Sergio Moro – que se filiará ao Podemos – e tem 8%. O apresentador da TV Bandeirantes José Luiz Datena (PSL, mas que se filiará ao PSD), o governador do Rio Grande do Sul, Eduardo Leite (PSDB), e Mandetta somam 3%, cada. Brancos, nulos e indecisos registram 3%.
Nota-se que nos cenários estimulados, as intenções de voto em Lula e Bolsonaro somam 70% na primeira simulação e 66% na segunda. A consolidação dessa polarização também pode ser observada no cenário espontâneo, quando Lula aparece com 31% das intenções de voto e Bolsonaro registra 24%. Ou seja, a soma dos percentuais do ex-presidente e do presidente totaliza 55%.
Apesar da consolidação da polarização do bolsonarismo contra o lulismo, a menção espontânea aponta que 38% dos entrevistados ainda se localizam entre os indecisos (30%) e branco e nulo (8%). Ou seja, embora, hoje, a disputa Lula x Bolsonaro siga o cenário mais provável, ele ainda não é definitivo.
Lula vence rivais no segundo turno
Nas simulações de segundo turno, Lula venceria todos os potenciais adversários: Bolsonaro (50% a 32%), Moro (52% a 34%), Ciro (49% a 29%), Doria (51% a 23%) e Leite (50% a 22%).
Bolsonaro, além de perder para Lula, também seria superado por Ciro (44% a 34%) e Doria (40% a 35%). Contra Leite, o governador gaúcho aparece numericamente à frente do presidente (37% a 34%), porém os dois estão empatados no limite da margem de erro.
Verifica-se que Bolsonaro agrega poucos eleitores nas simulações do primeiro para o segundo turno, sendo derrotado por praticamente todos os adversários. A sondagem também diz que 56% dos entrevistados querem que o próximo presidente “mude totalmente a forma como o Brasil vem sendo administrado”, sinalizando que a maioria do eleitorado deseja mudança.