A inflação oficial do país, medida pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), cresceu 1,25% em outubro. É a maior taxa para o mês desde 2002, segundo informou o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) nesta quarta-feira (10). O resultado superou as expectativas do mercado, que projetava variação de 1,06%.
Com o resultado, a inflação alcançou 10,67% no acumulado de 12 meses. Ou seja, permanece em dois dígitos —até setembro, a alta era de 10,25%. O IPCA está distante do teto da meta de inflação perseguida pelo Banco Central (BC) em 12 meses. O teto é de 5,25% em 2021. O centro é de 3,75%.
Em outubro, todos os nove grupos de produtos e serviços pesquisados subiram, com destaque para os transportes (2,62%) influenciados pelos combustíveis (3,21%). A gasolina avançou 3,10% e teve o maior impacto individual no índice do mês (0,19 ponto percentual).
O mercado financeiro vem elevando suas projeções para o IPCA. A mediana para o acumulado em 2021 é de 9,33%, conforme a edição mais recente do boletim Focus, divulgada na segunda-feira (8/11) pelo BC. Foi a 31ª semana de alta nas previsões.