O impacto do auxílio emergencial no comércio varejista deve ser oito vezes menor do que no ano passado, quando foi pago a primeira rodada do benefício. O levantamento foi feito pela Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC) e prevê que 31,2% do valor sacado pela população atendida será gasto no setor.
Em 2020, o comércio varejista teve uma injeção de R$ 103,8 bilhões com recursos do auxílio, o que equivale a 35,4% do que foi destinado ao cidadão brasileiro. Na nova rodada do auxílio, R$ 12,75 bilhões devem ser gastos no comércio varejista.
O auxílio emergencial de 2020 teve parcelas iniciais de R$ 600, que depois foram reduzidas para R$ 300. Neste ano, será pago um valor médio de R$ 250, que pode variar de R$ 150 a R$ 375 conforme o perfil do cidadão (mãe de família, indivíduo que mora sozinho etc). No total, o programa pagou R$ 295 bilhões de reais a 68 milhões de pessoas no ano passado e, neste ano, deve transferir R$ 44 bilhões a 45 milhões de pessoas segundo estimativas do governo.
“O recurso se propõe a ser ainda mais contingencial, o que dá baixa margem para perspectivas de consumo. As famílias vão precisar escolher o gasto. Por isso, para além do consumo básico, como alimentação, a preferência vai ser o abatimento de uma dívida. Ou até guardar esse dinheiro para uma situação de necessidade”, avalia o economista da CNC responsável pelo estudo, Fabio Bentes.