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GT dos aplicativos enfrenta impasse entre empresas e trabalhadores sobre ganho mínimo

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Após 5 reuniões do grupo de trabalho (GT) para elaborar uma regulamentação do trabalho por aplicativos, empresas e trabalhadores ainda não chegaram a um acordo. Em reunião nesta terça-feira (12), a proposta das plataformas não foi aceita, pela remuneração ter sido considerada baixa. Segundo relatos coletados pelo repórter Gabriel Romeiro*, da Arko, os dois lados se mostraram irredutíveis.

O presidente da Aliança Nacional dos Entregadores por Aplicativo (ANEA), Marcelo Sobreira, chegou a falar em greve da categoria caso não haja uma proposta melhor. “Não foi possível tomar nenhuma decisão hoje. Depois de 120 dias de reunião, achamos que as empresas iriam nos apresentar propostas melhores em relação às anteriores, mas elas simplesmente emitiram uma nota dizendo que não iriam apresentar mais nada”, argumentou.

Entenda o impasse

A principal divergência entre os trabalhadores e as plataformas diz respeito à forma que a remuneração mínima será calculada em relação à hora trabalhada. Enquanto as empresas defendem o pagamento por hora efetivamente em movimento, os entregadores argumentam que o período de espera entre um serviço e outro também precisa ser remunerado.

Segundo a proposta de ganhos mínimos apresentada pela Amobitec aos representantes dos entregadores de aplicativo, o valor que seria destinado para o modal motocicleta é de R$ 10,20 por hora trabalhada e para o modal bicicleta R$ 6,54.

“O ideal seria que a remuneração ocorresse considerando as horas logadas e não trabalhadas. Os valores foram calculados e consideramos que o ideal é que o pagamento seja R$ 29,79 para entregadores que usam motos e R$ 35,00 para bikes”, defende Sobreira, da ANEA.

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