O governo planeja construir novas usinas de geração de energia à base de carvão mineral. Para tanto, pretende investir R$ 20 bilhões nos próximos dez anos na renovação e ampliação do parque nacional dessas unidades geradoras. Mas, como publicou o Estadão na sexta-feira (15/10), o BNDES resiste a financiar esse tipo de operação, sob o argumento de que “tem uma visão estratégica que leva em consideração o desenvolvimento sustentável e de longo prazo do país e do mundo”.
Na avaliação do banco, os esforços hoje no setor de energia são voltados para a implantação de uma matriz energética diversificada e limpa. E o banco aporta recursos para projetos de geração de energia eólica e solar.
A última vez que um projeto de geração à base de carvão mineral recebeu recursos do BNDES foi em 2015. No ano seguinte, a instituição decidiu vetar repasses para esse tipo de empreendimento. Nos últimos cinco anos, o banco investiu R$ 27 bilhões em projetos com fontes hídricas, solares, eólicas e de biomassa, e R$ 7,7 bilhões em 12 projetos de térmicas a gás.
Fim da bandeira tarifária
O presidente Jair Bolsonaro declarou que determinará ao ministro de Minas e Energia, Bento Albuquerque, o retorno à bandeira tarifária “normal” nas contas de luz a partir de novembro. Segundo o presidente, o país estava na “iminência de um colapso”.
“Não podíamos transmitir pânico à sociedade. Dói a gente autorizar o ministro Bento Albuquerque das Minas e Energia por bandeira vermelha”, argumentou Bolsonaro. Especialistas criticaram o anúncio, feito na semana passada, durante evento numa igreja evangélica de Brasília.