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Efeito estufa: esforço do Brasil na mitigação de gases é insuficiente

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As comissões da Amazônia e Povos Originários; e de Meio Ambiente da Câmara dos Deputados promoveram um seminário para debater sobre os gases de efeito estufa, as mudanças climáticas, bem como a transição energética. Durante o debate, especialistas avaliaram que os esforços do Brasil para redução das emissões de gases do efeito estufa têm sido ineficientes. 

O objetivo do evento foi servir como preparação para a COP-28, convenção do clima, que será realizada entre novembro e dezembro em Dubai, nos Emirados Árabes. Segundo Hugo do Valle Mendes, do Ministério do Meio Ambiente, mesmo as metas definidas no Acordo de Paris, as chamadas Contribuições Nacionalmente Determinadas (NDCs), resultam em aumento de temperatura maior do que o previsto no próprio acordo.

“As políticas atuais, que estão sendo conduzidas pelos países, levam ao aumento de temperatura em torno de 2,8 graus Celsius, e as promessas das NDCs postas atualmente vão levar a um aumento de temperatura em torno de 2,4 graus Celsius”, afirmou. 

De acordo com o representante do Observatório do Clima, Cláudio Ângelo, os esforços feitos até agora foram “altamente insuficientes”. Ele acrescentou que seria preciso reduzir as emissões em 8% ao ano até 2030, porém elas estão subindo.

Mercado de carbono

Segundo a deputada Célia Xakriabá (Psol-MG), presidente da Comissão da Amazônia, o Brasil é grande parte da solução. Mas precisa tomar algumas atitudes.

efeito estufa

Gráfico ambiental crescente – Foto: Divulgação/CNI

“Nós precisamos discutir o mercado de carbono de uma maneira séria, nós não podemos usar o mercado de carbono para tão somente transferir consciência. Reflorestar demora muito mais tempo, demora 100 anos, 200 anos, então nossa luta é principalmente para não desmatar”, ressaltou. 

Energia

A transição energética também será discutida na agenda de energia na COP-28. Segundo Gustavo Santos Masili, do Ministério de Minas e Energia, em 2022 quase 50% da energia consumida pelos brasileiros foi renovável, sendo que cerca de 90% da eletricidade foi renovável. “Isso já é um grande passo, mas temos muito a avançar ainda nos próximos anos”, disse.

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Ele destacou que as emissões per capita do Brasil são “baixíssimas” quando comparadas principalmente com países desenvolvidos. “Então, a tendência é que o consumo de energia no Brasil se amplie per capita ao longo dos próximos anos.”

O representante da Petrobras, Eric Cabral da Silva Moreira, também apresentou dados e disse que a empresa já reduziu suas emissões, entre 2015 e 2022, em 40%.

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