A discreta redução da rejeição ao presidente Jair Bolsonaro e a aprovação por 30% dos pesquisados na pesquisa Datafolha, divulgada neste domingo, indicam que o núcleo de eleitores bolsonaristas continua fiel ao presidente e os bons resultados na segurança pública e na economia podem ter sustentado tais patamares de aprovação.
A avaliação positiva (ótimo/bom) do governo registrou uma oscilação positiva em relação a agosto, ainda que tenha ficado dentro da margem de erro de dois pontos percentuais para mais ou para menos. Esse dado, combinado com a oscilação para baixo da avaliação negativa (ruim/péssima), indica que 2019 termina com uma perspectiva moderadamente positiva para Bolsonaro.
AVALIAÇÃO (%) | Abril | Julho | Agosto | Dezembro |
Ótimo/Bom | 32 | 33 | 29 | 30 |
Regular | 33 | 31 | 30 | 32 |
Ruim/Péssimo | 30 | 33 | 38 | 36 |
*Fonte: Datafolha
Mesmo que a recuperação econômica seja lenta, 43% dos entrevistados acreditam que a situação da economia vai melhorar; 31% apostam que ficará como está; e 24% acham que vai piorar.
Apesar da melhora na expectativa em relação à economia, 55% dos entrevistados entendem que a crise “deve demorar para acabar, e o Brasil não vai voltar a crescer tão cedo”. Outros 37% avaliam que a crise “deve acabar em breve, e o Brasil já vai voltar a crescer nos próximos meses”.
Com a maioria da opinião pública apostando que a retomada da economia será um pouco mais lenta, é possível que, salvo algum fato novo, a percepção geral em relação ao governo continue dividindo o país em três terços, conforme vem ocorrendo desde o início da gestão Bolsonaro.
Bolsonaro tem mantido uma guerra verbal com a grande mídia o que, de certa maneira, impede que ganhe apoio junto a alguns setores da sociedade. Politicamente, o resultado não é ruim para o governo e não afeta a dinâmica do seu relacionamento com o Congresso nesse final de ano.