Em 1999, 105 deputados federais do então PFL (hoje DEM) tomaram posse na Câmara dos Deputados. Até 2015, esse número caiu e atingiu seu menor patamar: 21. Em 2019, 29 deputados da legenda assumiram uma cadeira na Câmara. A bancada hoje tem 27 membros.
Desde a primeira eleição de Rodrigo Maia (DEM-RJ) para a presidência da Câmara, em julho de 2016, o partido vem assumindo o protagonismo na aprovação de matérias estruturais para o país. Foi assim com o Teto de Gastos (2016), da Reforma Trabalhista (2017) e da Reforma da Previdência (2019), para citar as três mais importantes.
Maia é percebido pelo mercado como um ator fundamental para a continuidade da agenda de reformas sob análise no Parlamento, entre as quais a Reforma Tributária, a PEC Emergencial e o Plano Mansueto.
Ronaldo Caiado, governador de Goiás, e ACM Neto, prefeito de Salvador, ambos do DEM, são gestores bem avaliados em seus respectivos redutos eleitorais. Caiado, que havia se aproximado de Jair Bolsonaro, rompeu com ele depois que o presidente defendeu na TV o fim do isolamento social por conta da pandemia de coronavírus.
À frente do Ministério da Saúde, Luiz Henrique Mandetta é outro do DEM que tem se destacado na coordenação de ações para controlar a propagação do vírus no país.
Cria-se, assim, um ambiente favorável a que o partido continue em posição estratégica relevante. A reeleição de Rodrigo Maia para mais um mandato como presidente da Câmara não é descartada. Embora haja muitos postulantes ao cargo, líderes da Câmara admitem que Maia tem chance de ocupar o cargo mais uma vez, dependendo da aprovação pela Casa de algumas matérias relevantes, como a Reforma Tributária.
Caiado e ACM Neto passaram a ser vistos como alternativas para o Palácio do Planalto nas eleições de 2022. Ou, pelo menos, como líderes na articulação de uma candidatura de centro para concorrer com Jair Bolsonaro e com a esquerda.