Um congresso promovido pela Associação Brasileira de Concessionárias de Rodovias (ABCR) discute amanhã e na quarta-feira os principais desafios do setor. Para a entidade, as rodovias continuarão como o principal modal de transporte do Brasil nas próximas décadas, mas o setor público exauriu sua capacidade de investimento.
Os recursos do orçamento do Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (DNIT) são insuficientes até para a manutenção da atual malha sob sua responsabilidade. A solução é atrair capitais privados para investimento em futuras concessões. O Ministério da Infraestrutura mapeou um total de 16 mil quilômetros de rodovias a serem transferidas ao setor privado até 2022.
Na avaliação da ABCR, as tomadas de decisões arbitrárias e/ou demoradas por parte do poder concedente, causando impactos econômicos negativos nos contratos existentes, são alguns dos principais problemas. Outro problema é a administração de contratos com tomadas de decisões unilaterais ou contrárias ao que está sendo pactuado em contrato.
Pedágio eletrônico
Estudo realizado pela consultoria KPMG aponta que a cobrança manual nas praças de pedágio pode custar até o triplo do preço, se comparada aos modelos mais eficientes de cobrança por meios eletrônicos. A pesquisa engloba 65 operadores de rodovias em todo o mundo.
Na média, as operadoras mais eficientes conseguem custo de US$ 0,24 por cobrança. Já na operação das classificadas como menos eficientes, o valor chega a US$ 0,32. A medida de eficiência vai aumentando conforme aumenta o nível de automação implementado.
Quando os pedágios são cobrados de maneira totalmente eletrônica, inclusive com o uso do free flow, em que o veículo nem chega a reduzir a velocidade, o valor chega a ser, em média, de US$ 0,18. Já para as cobranças totalmente manuais, o custo pode chegar a US$ 0,50.