Como descarbonizar 85% da indústria mundial com tecnologias atuais: estudo da Universidade de Leeds

Foto: Ella Ivanescu/Unsplash

A indústria global pode reduzir suas emissões de CO2 em até 85% utilizando tecnologias já disponíveis, de acordo com um estudo inovador da Universidade de Leeds publicado na Joule e divulgado pelo jornalista Loz Blain da News Atlas. Responsável por cerca de 25% das emissões globais, totalizando aproximadamente 9,3 bilhões de toneladas métricas por ano, o setor industrial enfrenta a urgência de ações para combater as mudanças climáticas. Os pesquisadores analisaram diversas áreas industriais, identificando opções maduras para a descarbonização, destacando caminhos promissores e desafios a serem superados.

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O estudo revelou que setores-chave, como siderurgia, química, cimento, alumínio, papel, vidro e alimentos, têm opções viáveis de descarbonização. Na produção de aço, por exemplo, a substituição do coque (um combustível derivado do carvão) por hidrogênio verde e o uso de fornos elétricos já estão sendo implementados. A pesquisa também destacou alternativas para a produção de produtos químicos, alumínio e cimento.

Foto: FGV/divulgação

Apesar do potencial significativo de redução de emissões, o estudo apontou desafios, como a necessidade de descarbonização da matriz energética global para evitar a transferência de emissões a montante. Além disso, a produção em larga escala de hidrogênio verde e os custos operacionais adicionais foram identificados como obstáculos. Embora a descarbonização venha com custos iniciais elevados, o estudo sugere que, se repassados aos consumidores, o impacto nas taxas pode ser inferior a 1%.

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Descarbonização industrial

Embora os desafios sejam significativos, o estudo destaca a viabilidade da descarbonização industrial com o apoio governamental. A transição para energias renováveis, como solar e eólica, aliada a possíveis avanços em geotermia e energia nuclear modular, oferece uma visão otimista para o futuro sustentável da indústria global. O estudo, conclui que, com os esforços certos, há razões para acreditar em um futuro mais limpo e sustentável. Assim, é imperativo que governos, empresas e a sociedade trabalhem juntos para implementar essas soluções e construir um futuro mais verde e resiliente.

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