O Partido Liberal (PL) avalia internamente que a filiação de Jair Bolsonaro deve turbinar o poder da sigla dentro do Congresso Nacional. Entre dissidentes que devem deixar o partido para preservar alianças e novos filiados considerados competitivos em 2022, o partido espera formar uma bancada de 60 a 65 deputados federais. Hoje são 43. O PL calcula que cerca de 20 deputados da legislatura atual devem aproveitar a janela partidária, em abril, para se filiar à agremiação escolhida por Bolsonaro. O PL sonha, portanto, em se tornar uma das maiores bancadas da Câmara. Hoje, o maior partido da Casa é o PSL, com 54 deputados.
Os números foram divulgados para a Arko Advice pelo deputado Capitão Augusto (PL-SP), presidente da Frente Parlamentar de Segurança Pública na Câmara. Segundo ele, já estão confirmadas as filiações de Eduardo Bolsonaro e Carla Zambelli, eleitos pelo PSL, mas que devem concorrer à reeleição pelo PL. Por serem nomes conhecidos, eles devem ajudar a eleger pelo menos mais três deputados em São Paulo, calcula Augusto. Para o Senado, é esperada a formação de uma bancada de cerca de 7 senadores. É aguardada, por exemplo, a filiação do senador Flávio Bolsonaro, hoje no Patriota, cujo mandato vai até 2027.
Já para governos estaduais, o partido ainda faz os cálculos de qual deve ser o espaço conquistado. De acordo com o deputado, o partido aposta na reeleição de Cláudio Castro, no Rio de Janeiro, e deve apostar alto em Mato Grosso e Santa Catarina, que deve contar com a candidatura do senador Jorginho Mello.
Em São Paulo, o partido ainda aguarda confirmação sobre a candidatura do ministro da Infraestrutura, Tarcísio Gomes de Freitas, ao cargo de governador. A expectativa é de que, em caso de resposta positiva, o ex-ministro do Meio Ambiente, Ricardo Salles, seja o candidato do partido ao Senado em São Paulo. Caso contrário, Salles deve concorrer a deputado federal.