O ano de 2023 foi marcado pela inauguração de 5.481 km de linhas de transmissão, que agora compõem o Sistema Interligado Nacional (SIN). Foram adicionados 15.695 megavolt-ampère (MVA) de capacidade de transformação ao sistema. De acordo com o Ministério de Minas e Energia (MME), a expansão aumenta a segurança, bem como a confiabilidade do SIN.
Entre os destaques, estão os trechos que interligaram os sistemas – até então isolados – Juruti, no Pará, e Parintins, no Amazonas. Nesse sentido, essas entregas implicaram na redução do consumo de óleo diesel, conforme explica a pasta. Portanto, uma diminuição na Conta de Consumo de Combustíveis. O encargo é utilizado para arcar com os custos de empreendimentos que abasteçam as localidades fora do SIN.
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A linha de transmissão, que ligará Manaus a Boa Vista, iniciou sua construção neste ano. A primeira torre de transmissão foi instalada nas proximidades da Terra Indígena Waimiri Atroari. A nova linha, que possui mais de 700km de extensão, sai da Subestação Lechuga, no Amazonas. De acordo com o MME, o empreendimento é importante pois vai interligar o estado de Roraima no SIN. A entrega está prevista para 2026.
Leilões de linhas de transmissão
Em 2023, a Agência Nacional de Energia Elétrica (ANEEL) promoveu dois leilões de transmissão de energia. No certame 1/2023, foram captados R$ 15,7 bilhões em investimentos, para a construção de 6.184 km de linhas de transmissão. Está previsto para março o Leilão de Transmissão 1/2024.
A pasta informa que a expectativa é sejam gerados 60 mil empregos diretos e indiretos. As obras devem passar pelos estados da Bahia, Espírito Santo, Minas Gerais, Pernambuco, Rio de Janeiro, São Paulo e Sergipe.
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Já o Leilão de Transmissão 2/2023 contempla uma extensão de 4.471 km de linhas de transmissão, ou seja, com um investimento de R$ 21,7 bilhões. Nesse sentido, trata-se do maior valor em obras de infraestrutura já licitadas no Brasil.
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As instalações passam pelos estados de Goiás, Maranhão, Minas Gerais, São Paulo e Tocantins. Nesse sentido, serão criados 60 mil postos de trabalho. Os empreendimentos serão responsáveis por levar a energia produzida por fontes renováveis no Nordeste ao eixo Sul-Sudeste, de acordo com a pasta.