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Bolsonaro responde carta que cobra maior rigidez no combate à pandemia: “precisamos atacar o vírus, não o governo”

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O presidente Jair Bolsonaro respondeu a carta assinada por economistas publicada durante o último fim de semana. “A pandemia foi polarizada, precisamos atacar o vírus, não o governo”, disse o presidente, nesta segunda-feira (22), em discurso na assinatura do decreto que regulamenta o novo Fundo de Manutenção e Desenvolvimento da Educação Básica (Fundeb).

Em sua resposta, o presidente Bolsonaro deu sinais de que não vai mudar de opinião.

“Querem que eu declare um lockdown nacional ou um lockdown regional, porque eu deveria seguir a ciência. Então vou seguir a ciência”, disse, antes de citar novamente uma fala de David Nabarro, enviado especial da Organização Mundial da Saúde (OMS) em que diz que o lockdown não deve ser a principal ação dos governantes contra a covid-19, sob risco de se aumentar a pobreza”, disse.

Bolsonaro costuma citar essa fala como forma de antagonizar as medidas tomadas por governadores. Contudo, em sua fala, Nabarro diz que os lockdowns devem ser medidas somente paliativas enquanto outras são desenvolvidas, como o rastreamento de casos disseminação do uso de máscaras e vacinação.

Vacinação.

Centenas de banqueiros e economistas divulgaram uma carta aberta à sociedade pedindo medidas de combate à pandemia no último fim de semana. Ela recomenda ao governo federal que coordene nacionalmente o combate à pandemia, implementando medidas de distanciamento social, acelerando a vacinação e que incentive o uso das máscaras, por exemplo. Em um trecho, o texto critica duramente a oposição do presidente às medidas de distanciamento social impostas por governadores e prefeitos.

O documento foi publicado no fim de semana e é assinado por ex-ministros da Fazenda, como Pedro Malan, Marcílio Marques Moreira, Maílson da Nóbrega e Ruben Ricupero. Também assinam ex-presidentes do Banco Central: Armínio Fraga, Gustavo Loyola, Persio Arida, Ilan Goldfajn e Affonso Celso Pastore.

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