Eleições de 2022 e reforma administrativa: na visão do CEO da Arko Advice, Murillo de Aragão, apenas uma das duas será escolhida como prioridade para o presidente Jair Bolsonaro. “Bolsonaro tende a não fazer nada pela aprovação da reforma administrativa. Penso que, caso atue no avanço dessa pauta, ele poderá se queimar com uma parte de seus eleitores; e, neste momento, o presidente está preocupado com sua reeleição. O Bolsonaro não tem muito interesse na reforma administrativa”. A declaração foi feita no último domingo (9) durante a live semanal da Arko, Política Brasileira.
No entanto, de acordo com o vice-presidente da Arko, Cristiano Noronha, o interesse eleitoral de Bolsonaro não deve ser uma grande barreira para o avanço da proposta, que, em sua visão, deve seguir. “O presidente não foi atuante na reforma da previdência e mesmo assim ela foi aprovada. Creio que o projeto ainda tenha fôlego. A deputada Bia Kicis (PSL-DF), por exemplo, está enérgica com o andamento do texto na Comissão de Constituição e Justiça da Câmara (CCJ)”, disse.
Prazo final
Após negociações realizadas no final de abril na CCJ, houve acordo pela manutenção da data de 14 de maio como prazo final para realização das audiências públicas referentes à reforma administrativa. A intenção do relator na comissão, Darci de Matos (PSD-SC), é apresentar o relatório logo após a conclusão dessas reuniões.
A oposição queria aumentar o prazo conclusivo em 2 semanas para fazer mais reuniões. Já os deputados que apoiam a reforma pleiteavam adiantar a apresentação do relatório. Na prática, ambos os lados saíram contemplados: o tempo dos encontros estão tendo um tempo maior do que o normal (possibilitando, assim, expandir a lista de entidades ouvidas) e a data máxima foi resguardada.