Barroso nega pedido de Bolsonaro e mantém Moraes à frente de inquérito sobre golpe de Estado

O presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), ministro Luis Roberto Barroso, permitiu que Alexandre de Moraes continuasse atuando no inquérito que investiga a participação do ex-presidente Jair Bolsonaro na suposta tentativa de golpe de Estado. Nessa terça-feira (20), Barroso argumentou que o pedido foi – deficiente -, não apresentando – clara demonstração de qualquer das causas justificadoras de impedimento -. Portanto, houve o arquivamento da solicitação.

Bolsonaro – Foto: reprodução/Redes Sociais

Na semana passada, a defesa do ex-presidente Jair Bolsonaro solicitou que Moraes fosse impedido de ser o juiz do caso. Pois ele aparece nas investigações como alvo dos supostos golpistas, incluindo uma minuta de decreto de golpe que previa sua prisão.

Argumento da defesa de Bolsonaro é insuficiente

No entanto, Barroso considerou o argumento insuficiente. De acordo com o presidente do STF, os fatos narrados na petição inicial não caracterizam as situações legais que impossibilitariam o exercício da jurisdição por parte de Moraes.

Atos do 8 de janeiro – Foto: Marcelo Camargo/Agência Brasil

Além disso, Moraes negou um pedido da defesa de Bolsonaro para que ele não comparecesse ao depoimento na Polícia Federal marcado para quarta-feira (21).

Atos do 8 de janeiro

Barroso também rejeitou outros 191 pedidos para afastar Moraes da relatoria dos inquéritos sobre os atos do 8 de janeiro de 2023. Na ocasião, houve invasão e depredação da sede dos Três Poderes em Brasília. As defesas de réus e investigados apresentaram os pedidos separadamente. Mas, o presidente do STF negou todos sob a justificativa de insuficiência de argumentação.

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