A balança comercial brasileira atingiu um superávit de US$ 2,04 bilhões até a segunda semana de setembro, com uma alta de 20,6%, pela média diária, ante o mesmo período de 2020. A corrente de comércio chegou a US$ 16,09 bilhões, o que representa um crescimento de 53,9%. Já no acumulado do ano, o superávit totalizou US$ 54,15 bilhões, uma alta de 43,4%, e a corrente de comércio somou US$ 341,86 bilhões, subindo 36,5%, ao comparar o período de janeiro a setembro do ano passado.
Ainda segundo os dados foram divulgados nesta segunda-feira (13) pela Secretaria de Comércio Exterior (Secex) do Ministério da Economia, as exportações em setembro, até a segunda semana, tiveram um incremento de 49,3% e chegaram a US$ 9,07 bilhões; e as importações cresceram 60,4%, somando US$ 7,03 bilhões. No acumulado desde janeiro, as exportações totalizaram 37,4%, chegando a US$ 198,01 bilhões; e as importações com alta de 35,2%, somando US$ 143,85 bilhões.
Quanto às exportações por setores, houve um aumento até a segunda semana de setembro de: 34,9% na agropecuária; de 55,3% na indústria extrativa; e de 50,7% na indústria de transformação. A agropecuária contou com o aumento nas vendas, em especial de: soja (+90,3%); café não torrado (+18,7%); arroz com casca, paddy ou em bruto (+730,6%); especiarias (+69,2%) e madeira em bruto (+139%).
Na indústria de transformação, destaque para as vendas de: carne bovina fresca, refrigerada ou congelada (+158,8%); carnes de aves e suas miudezas comestíveis, frescas, refrigeradas ou congeladas (+107,2%); óleos combustíveis de petróleo ou de minerais betuminosos, exceto óleos brutos (+137,1%); ferro-gusa, spiegel, ferro-esponja, grânulos e pó de ferro ou aço e ferro-ligas (+104,9%) e celulose (+50,2%).
Já a indústria extrativista as vendas que se sobressaíram foram as: de minério de ferro e seus concentrados (+45,3%); óleos brutos de petróleo ou de minerais betuminosos, crus (+81,9%); minérios de cobre e seus concentrados (+77,4%); outros minerais em bruto (+28,5%) e minérios de metais preciosos e seus concentrados (+1.444,9%).
Nas importações por setores, nota-se um incremento geral até a segunda semana de setembro: agropecuária de 46,71%; a indústria extrativista, 254,3%; e a indústria de transformação de 54,1%. O crescimento das importações na agropecuária deve-se sobretudo à alta das compras de: milho não moído, exceto milho doce (+508,9%); pescado inteiro vivo, morto ou refrigerado (+95,2%); trigo e centeio, não moídos (+17,5%); látex, borracha natural, balata, guta-percha, guaiúle, chicle e gomas naturais (+88,1%) e cacau em bruto ou torrado (+46.586,1%).
A indústria extrativa contou, principalmente, com a subida nas compras de: gás natural, liquefeito ou não (+667,6%); carvão, mesmo em pó, mas não aglomerado (+111,3%); óleos brutos de petróleo ou de minerais betuminosos, crus (+129,3%); minérios de cobre e seus concentrados (+249,2%) e minério de ferro e seus concentrados (+843%).
Na Indústria de transformação, as importações foram impulsionadas pelos incrementos em: adubos ou fertilizantes químicos, exceto fertilizantes brutos (+173,1%); medicamentos e produtos farmacêuticos, exceto veterinários (+247,3%); óleos combustíveis de petróleo ou de minerais betuminosos, exceto óleos brutos (+66,6%); partes e acessórios dos veículos automotivos (+74,9%) e motores e máquinas não elétricos, e suas partes, exceto motores de pistão e geradores (+116,2%).