De acordo com levantamento feito pela Arko Advice, o apoio ao governo na Câmara dos Deputados caiu em novembro na comparação com outubro, passando de 55,9% para 53,88%. O índice é o menor desde maio, quando chegou a 51,1%. Em novembro, foram analisadas 21 votações nominais e abertas, nas quais o governo fez orientação de voto.
Vale ressaltar que em novembro poucos temas polêmicos foram incluídos na pauta. Outro ponto que merece ser levado em consideração é que dois feriados afetaram drasticamente o ritmo de trabalho no Congresso Nacional.
O tema mais controverso colocado em votação foi a urgência para um Projeto de Decreto Legislativo (PDL) que sustava portaria do Ministério do Trabalho e Emprego que condicionou o trabalho em feriados no varejo e no comércio a acordo entre sindicatos laborais e patronais. Foram 301 votos a favor do PDL e 131 contrários. A portaria tinha validade imediata. Depois da aprovação da urgência, o ministério decidiu adiar a vigência da medida para março do próximo ano.
Em termos partidários, as legendas mais fiéis ao governo foram: Rede (93,23%); PDT (82,01%); PCdoB (77,55%); PSB (75,87%); e Solidariedade (72,61%). O PT ficou na sétima posição, com 72,12%. PP e Republicanos, que entraram mais recentemente na base do governo, apresentaram índice de apoio de 63,06% e 59,34%, respectivamente.
De outro lado, as legendas que registraram os maiores percentuais de votos contrários foram: Novo (76,19%); PL (46,79%); Patriota (30,47%); Podemos (26,66%); e PSDB (22,10%).
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Os maiores índices de ausências ocorreram nos seguintes partidos: Cidadania (41,93%); PSDB (38,24%); PSD (30,67%); MDB (29,12%); e União Brasil (21,38%). Os três últimos partidos campeões de ausência integram formalmente a base do governo. As ausências acabam resultando em um percentual de adesão menor ao governo.