O ministro do Supremo Tribunal Federal, Alexandre de Moraes, concedeu liberdade ao ex-ministro Anderson Torres, preso desde janeiro, por suspeita de omissão nos atos de 8 de janeiro. Segundo o ministro do STF, a “eficácia da prisão preventiva já alcançou sua finalidade, com a efetiva realização de novas diligências policiais”.
A liberdade está condicionada ao cumprimento de uma série de medidas, como o uso de tornozeleira eletrônica, o recolhimento domiciliar de noite e nos fins de semana e a proibição de deixar o Distrito Federal. Ele também está proibido de utilizar redes sociais e de conversar com outros investigados.
Alexandre de Moraes ainda determinou o afastamento de Torres do cargo de delegado da Polícia Federal, cancelou seu passaporte e suspendeu eventual porte de armas. Entre outras acusações, o ex-ministro da Justiça de Bolsonaro também é suspeito de utilizar a Polícia Rodoviária Federal em bloqueios no segundo turno da eleição presidencial, em outubro de 2022, para dificultar a chegada de eleitores de Lula aos locais de votação.
Em 20 de abril, Moraes havia decidido manter a prisão de Torres porque considerava que o quadro probatório contra ele não havia sido alterado e que não existiam razões jurídicas para sua revogação ou substituição por medidas cautelares diversas. Segundo o ministro, permaneciam presentes os requisitos para a manutenção da prisão.
Juiz condena envolvidos com ameaça de bomba
Ontem, o juiz Osvaldo Tovani, da 8ª Vara Criminal de Brasília, condenou os três envolvidos no atentado a bomba ocorrido nas proximidades do aeroporto do Distrito Federal, no fim de dezembro do ano passado.
De acordo com a decisão, George Washington de Oliveira Sousa e Alan Diego dos Santos Rodrigues deverão cumprir penas de nove anos e quatro meses e de cinco anos e quatro meses, respectivamente, em regime inicial fechado.