Agentes da Agência Brasileira de Inteligência (Abin) organizaram uma breve paralisação em Brasília, nesta terça-feira (30). O movimento é um protesto contra o atual diretor-geral, Luiz Fernando Corrêa, que busca pressionar pela nomeação de um oficial de carreira para liderar a agência. A paralisação visa chamar a atenção para as demandas dos funcionários e pode ser um indício de ações futuras mais contundentes.
Apesar de ainda não ser considerada uma greve, a paralisação aponta para um crescente descontentamento dentro da Abin. Fontes internas afirmam que, se não houver resposta às reivindicações, há uma possibilidade real de uma greve definitiva no futuro próximo. Esse cenário seria inédito para a Abin, ressaltando a gravidade da situação e a urgência de uma resolução por parte do governo.
A insatisfação dos agentes da Abin tem raízes na preocupação com o baixo orçamento em um momento crítico para a segurança nacional. Além disso, com a chegada de eventos políticos de grande porte ao Brasil, que podem aumentar a presença de espiões estrangeiros.
De acordo com o Poder 360, a liderança da agência sob Luiz Fernando Corrêa é considerada inadequada pelos funcionários. Eles o veem como um “alienígena”, ou seja, de fora da estrutura de inteligência. Esse sentimento reflete a falta de confiança no atual diretor-geral, bem como a necessidade de uma liderança mais alinhada com as demandas e a cultura interna da agência.
Reivindicações dos funcionários da Abin
Os funcionários reivindicam três pontos: abertura para negociação de reajuste salarial com o Ministério de Gestão e Inovação, a nomeação de um diretor-geral que seja um oficial de carreira e uma maior comunicação com o ministro da Casa Civil, Rui Costa (responsável pela agência).
Com a paralisação ocorrendo na véspera do Dia do Trabalhador, 1º/5, a mensagem é clara: os funcionários estão dispostos a lutar por seus direitos e pela reestruturação da liderança da Abin.