A Segunda Turma do Supremo Tribunal Federal (STF) postergou para esta terça-feira (26) o julgamento da denúncia contra o senador Renan Calheiros (MDB-AL) por corrupção passiva e lavagem de dinheiro por fraudes relacionadas à Transpetro – braço de logística e transporte da Petrobras. O ministro Edson Fachin, relator do caso, proferiu a leitura do relatório e, em seguida, houve a manifestação da Procuradoria-Geral da República (PGR), autora da acusação. Logo após, o advogado Luís Henrique Machado fez a defesa do senador.
Além de Fachin, participam também do julgamento os ministros Ricardo Lewandowski, Gilmar Mendes, Celso de Mello e Cármen Lúcia. Caso três deles votem pelo recebimento da denúncia, Renan se tornará réu no processo e o Supremo abrirá uma ação penal contra ele com o objetivo de aprofundar as investigações. O parlamentar foi acusado pelo Ministério Público de solicitar, entre 2008 e 2012, vantagens indevidas ao então presidente da Transpetro Sérgio Machado.
Por intermédio de doações oficiais da empresa NM Engenharia (contratada pela Petrobras), o dinheiro desviado supriu diretórios estaduais e municipais do MDB apontados por Renan. Já em contrapartida, Machado favorecia a construtora direcionando as licitações e contratações da estatal.