A Polícia Federal (PF) investiga dois agentes da Agência Brasileira de Inteligência (Abin) por vazarem documentos sigilosos para o ex-diretor-geral Alexandre Ramagem. O vazamento teria ocorrido em outubro de 2023, após o início da operação Última Milha, que investiga a existência de uma “Abin paralela” durante a gestão de Jair Bolsonaro (PL). A informação é do jornal Poder360.
Sendo assim, durante uma operação da PF realizada em 25 de janeiro de 2024, agentes encontraram os documentos na casa de Ramagem. Embora os arquivos não tivessem a identificação oficial da Abin, o modelo de texto era semelhante aos produzidos pela agência, além de estarem intitulados “Plano de Operações 06/2021”.
Segundo as investigações, esses papeis se referiam a uma ação de inteligência realizada de forma ilegal em comunidades do Rio de Janeiro em 2021, sem um pedido que indicasse real necessidade, e com um custo estimado em R$ 6 milhões. Agora, os agentes estão analisando se há uma conexão entre essas operações ilegais e a eleição de Alexandre Ramagem como deputado federal em 2022.
Depois disso, Alessandro Moretti, ex-número 2 da Abin, passou a investigar internamente a operação em comunidades cariocas. No entanto, foi desligado do órgão após as ações policias de janeiro deste ano que miraram na estrutura da “Abin paralela”.
Atualmente, Ramagem é pré-candidato do PL à Prefeitura do Rio de Janeiro, com o apoio do ex-presidente Bolsonaro.