Início » Abin paralela: PF cumpre oito mandados para identificar suspeitos por trás de informações ilegais

Abin paralela: PF cumpre oito mandados para identificar suspeitos por trás de informações ilegais

A Abin paralela monitorava autoridades públicas, por meio de ferramentas de geolocalização de dispositivos móveis, mas sem autorização judicial

A+A-
Reset

Nos últimos dias, um escândalo abala a idoneidade da Agência Brasileira de Inteligência (Abin). Após identificarem um esquema de investigação ilegal, conhecida como Abin paralela, a Polícia Federal cumpre, nesta segunda-feira (29), oito mandados de busca e apreensão no âmbito da Operação Vigilância Aproximada. Os locais são Rio de Janeiro, Brasília, Formosa (GO) e Salvador (BA). Carlos Bolsonaro (Republicanos-RJ) é um dos alvos.

De acordo com a polícia, é “a principal pessoa da família que recebia informações da Abin paralela”. Além disso, as investigações apontam que a ideia de criar a Abin paralela seria dele. O objetivo, de acordo com a PF, é descobrir o núcleo político suspeito de estar por trás do uso de informações produzidas ilegalmente por meio da Abin paralela.

Leia mais! POLÍCIA FEDERAL VAI INVESTIGAR ASSASSINATO DE QUILOMBOLA NA BAHIA

Bebianno profetizou

Em 2020, no programa Roda Viva, o ex-ministro de Bolsonaro Bebianno afirmou que Carlos Bolsonaro tinha várias ideias e “um dia”, chegou com nomes de policiais para criar uma Abin paralela.

-Um belo dia o Carlos me aparece com o nome de um delegado federal e três agentes que seriam uma – Abin paralela –  porque ele não confiava na Abin – comentou Bebianno.

Leia mais! RICARDO NUNES MAIS PRÓXIMO DO BOLSONARISMO

A Abin paralela monitorava ilegalmente autoridades públicas e outras pessoas, por meio de ferramentas de geolocalização de dispositivos móveis, mas sem autorização judicial.

Abin paralela

Foto: Tânia Rêgo/Agência Brasil

No dia 25 de janeiro, a Operação Vigilância Aproximada foi deflagrada com o propósito de investigar organização criminosa que se instalou na Abin. De acordo com a PF, eram utilizadas técnicas de investigação próprias das polícias judiciárias, sem, contudo, qualquer controle judicial ou do Ministério Público.

Leia mais! POLÍCIA FEDERAL REALIZA OPERAÇÃO CONTRA FINANCIADORES DE ATOS GOLPISTAS

Portanto, na semana passada, o alvo foi o ex-diretor da Abin e deputado federal Alexandre Ramagem (PL-RJ). Ele tomou posse em 2019, após a indicação que recebeu do ex-presidente Jair Bolsonaro. Mas em março de 2022, já durante o governo Lula.

Repercussão no governo Lula

Ao comentar a operação da PF contra Carlos Bolsonaro, o ministro de Relações Institucionais, Alexandre Padilha, afirmou, nesta segunda (29), que existia uma organização criminosa no Palácio do Planalto durante o governo de Bolsonaro (PL). Ele disse que “envolveu várias instituições”, ao comentar a operação que mirou o vereador Carlos Bolsonaro (Republicanos-RJ) hoje.

Abin paralela

Padilha, Lula e Rui Costa – Foto: Ricardo Stuckert / PR

– Existia uma organização criminosa a partir do Palácio do Planalto do governo anterior, que envolveu várias instituições. O clima e o ódio semeados durante quatro anos pelo governo anterior envolveram e contaminaram várias instituições. A apuração sobre o envolvimento individual em todas as instituições tem de continuar – pontuou Padilha.

Páginas do site

Sugira uma pauta ou fale conosco

Usamos cookies para aprimorar sua experiência de navegação. Ao clicar em "Aceitar", você concorda com o uso de cookies. Aceitar Saiba mais