Um grupo de 20 governadores divulgou, nesta segunda-feira (17), uma carta pública em crítica às falas do presidente Jair Bolsonaro a respeito da morte de Adriano Magalhães da Nóbrega, acusado de chefiar uma milícia. Quase todos os governadores do país condenaram as declaraçõe do presidente, criando uma união da esquerda à direita.
Bolsonaro afirmou no sábado que o governador da Bahia, Rui Costa (PT), “mantém fortíssimos laços” com bandidos e que a “PM da Bahia, do PT” foi a autora do assassinato do miliciano. Bolsonaro comparou, em suas redes sociais, a morte de Magalhães com o assassinato do prefeito petista Celso Daniel, em 2002.
A carta pública preza pelo diálogo com o presidente e afirma que “equilíbrio, sensatez e diálogo para entendimentos na pauta de interesse do povo é o que a sociedade espera de nós”. O governador de São Paulo, João Doria, foi um dos primeiros apoiadores da carta e afirmou que “sem diálogo e sem entendimento não há democracia”. O Palácio do Planalto foi procurado pelo jornal Estadão e preferiu não comentar sobre o episódio.
Assinaram o documento, os governadores:
- Gladson Cameli (Progressistas-AC)
- Renan Filho (MDB-AL)
- Waldez Góes (PDT-AP)
- Wilson Lima (PSC-AM)
- Rui Costa (PT-BA)
- Camilo Santana (PT-CE)
- Ibaneis Rocha (MDB-DF)
- Renato Casagrande (PSB-ES)
- Flávio Dino (PCdoB-MA)
- Reinaldo Azambuja (PSDB-MS)
- Romeu Zema (Novo-MG)
- Helder Barbalho (MDB-PA)
- João Azevedo (Cidadania-PB)
- Paulo Câmara (PSB-PE)
- Wellington Dias (PT-PI)
- Wilson Witzel (PSC-RJ)
- Fátima Bezerra (PT-RN)
- Eduardo Leite (PSDB-RS)
- João Doria (PSDB-SP)
- Belivaldo Chagas (PSD-SE)
Não assinaram o documento:
- Ronaldo Caiado (DEM-GO)
- Mauro Mendes (DEM-MT)
- Ratinho Júnior (PSD-PR)
- Marcos Rocha (PSL-RO)
- Antônio Denarium (PSL-RR)
- Carlos Moisés (PSL-SC)
- Mauro Carlesse (DEM-TO)