No último domingo (17), o presidente da República, Jair Bolsonaro, chegou a Washington para visita oficial aos Estados Unidos, onde cumpre agenda na capital americana até terça-feira (19). Bolsonaro já participou ontem de jantar oferecido pela embaixada do Brasil, com a presença de formadores de opinião brasileiros e americanos para quem ressaltou que democracia e liberdade são fatores essenciais que unem os dois países, e que é de extrema importância o fortalecimento de uma diplomacia em favor da democracia no Ocidente. A delegação brasileira é formada pelos ministros das Relações Exteriores; da Justiça e Segurança Pública; da Defesa; da Economia; da Agricultura, Pecuária e Abastecimento; da Ciência, Tecnologia, Inovações e Comunicações; do Meio Ambiente; e do Gabinete de Segurança Institucional.
O presidente também expressou o objetivo de fortalecer o comércio bilateral, ao apontar que os EUA são hoje o segundo maior mercado para os produtos brasileiros. Já o porta-voz da Presidência da República, general Rêgo Barros, sublinhou que a missão brasileira nos Estados Unidos tem como objetivo mostrar que o Brasil está se tornando, a cada dia, um livre mercado e mencionou o sucesso do leilão de aeroportos na última sexta-feira (15) – como prova do expressivo interesse de empresas estrangeiras em operar no Brasil, com injeção direta de capital na economia do país.
De acordo com embaixador do Brasil em Washington, Sérgio Amaral, essa viagem, a primeira de caráter bilateral realizada por Bolsonaro ao exterior, representa um conjunto de convergências entre os dois países: o aumento do intercâmbio e a melhoria do diálogo por meio das afinidades que os presidentes têm. Isso porque, avalia Amaral, sinaliza para os demais membros do governo e diferentes setores empresariais que as duas nações pretendem trabalhar juntas e superar eventuais dificuldades que são comuns no intercâmbio econômico.
Quanto aos acordos, Rêgo Barros afirmou que devem ser firmados alguns na área de tecnologia e militar, a exemplo do Centro Espacial de Alcântara, no Maranhão, que contemplará compartilhamento de tecnologia com os EUA a fim de realizar lançamentos de veículos não tripulados e satélites, entre outros objetivos. O porta-voz apontou ainda que o ponto alto da visita aos americanos será o reconhecimento do Brasil como líder da América Latina; como a oitava economia do mundo; e como grande potência que tem todas as possibilidades de deixar de ser o país do futuro e ser o país do presente.
O presidente Jair Bolsonaro reúne-se hoje (18) com o ex-secretário do Tesouro dos EUA Henry “Hank” Paulson, e participa também do painel “O Futuro da Economia Brasileira”, promovido pela Câmara de Comércio dos Estados Unidos. Bolsonaro irá ainda nesta segunda-feira a um jantar oferecido pelo Conselho Empresarial Brasil-EUA. Amanhã (19), Bolsonaro tem uma reunião com o secretário-geral da Organização dos Estados Americanos (OEA); e ao meio-dia será recebido na Casa Branca pelo presidente americano Donald Trump. Na ocasião, os dois mandatários terão um encontro reservado, um almoço de trabalho e uma reunião ampliada com a comitiva brasileira e autoridades americanas; e, ao final, participam de uma conferência de imprensa.
Ainda na terça, o presidente brasileiro visita o Cemitério Nacional de Arlington e participa de cerimônia de deposição floral no Túmulo ao Soldado Desconhecido. Também tem encontro com lideranças religiosas e realiza jantar de trabalho.