Em seminário sobre agronegócio em Pequim, China, a ministra da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, Tereza Cristina, afirmou que “o Brasil pode oferecer muito mais do que soja e carne para a China”, em referência aos principais produtos de exportação do mercado brasileiro para o asiático.
Em 2018 a China comprou mais de US$ 31 bilhões em produtos agropecuários do Brasil, o que dá cerca de 70% mais do que a demanda em 2015. Do total, 88% é soja e 4,7% é carne bovina. A ministra afirmou que “há muito espaço para ampliação de nossas relações comerciais, não apenas em volume, mas também em variedade”, denotando que deseja ver mais gêneros agrícolas disponíveis para o mercado chinês, dada a a capacidade de expansão de oferta de alimentos aliada à sustentabilidade.
Já estão sendo pautados a habilitação de frigoríficos brasileiros para fornecimento de carnes ao gigante asiático, bem como a exportação do melão brasileiro, conforme anunciado pela ministra em parceria com seu colega chinês, Han Changfu. Além dos gêneros agrícolas já citados, a China também tem interesse no farelo de algodão, no farelo de soja, no etanol e no açúcar produzidos pelo Brasil.
A ministra também reforçou que o compromisso do Governo Federal é fomentar o ambiente de negócios saudáveis entre os dois países, além de simplificar a burocracia, facilitar ao cesso ao crédito e melhorar a infraestrutura para o produtor rural. Tudo isso, segundo Tereza Cristina, deve ser trabalhado por meio das micro e macro reformas na economia brasileira – a exemplo da Reforma da Previdência, recentemente aprovada pelo Congresso Nacional.