O ministro da Economia, Paulo Guedes, concordou com algumas alterações sugeridas pelo relator, deputado Arthur Oliveira Maia (DEM-BA), no texto da proposta de reforma administrativa (PEC 32/20). Na última quarta-feira (7), Guedes participou de uma audiência pública na comissão especial da Câmara sobre o tema.
Uma das mudanças sugeridas pelo relator é a respeito da adoção do conceito de carreiras exclusivas de Estado, em vez da expressão “típicas de Estado”. O ministro da economia destacou que existem cerca de 270 carreiras no serviço público e citou algumas que considera exclusivas, como embaixador, membros das Forças Armadas, do Judiciário e do Legislativo.
Paulo Guedes afirmou que não há dogmatismo do governo quanto à reforma e acrescentou que concorda com a retirada de artigos que levem à ampliação dos cargos comissionados no serviço público. O ministro também negou que haja intenção de fragilizar o serviço público e garantiu que não se referia aos servidores quando usou expressões como “granada no bolso” e “parasitas”.
De acordo com Guedes, o governo tem um “pacto pela preservação dos direitos adquiridos” dos atuais servidores, mas com foco na adoção de novas tecnologias para modernizar e melhorar a qualidade dos serviços. Ele concordou, ainda, que a estabilidade da segurança na atuação do servidor público, mas defendeu padrões específicos de avaliação para cada carreira.