As operadoras de serviços de telecomunicações convenceram a Anatel a liberar o sinal 5G na capital paulista a partir desta quinta (4). A cidade não estava cotada entre as próximas para receber o aval, mas as teles concentraram os esforços para “limpar” a faixa de 3,5 GHz, frequência do 5G, com instalação de filtros nas antenas parabólicas e de celular.
Na cidade concentra-se o maior mercado do país e as empresas queriam chegar ali o mais rápido possível. Nesse caso, os investimentos se justificam. Foram instaladas 890 antenas, o dobro do mínimo que é exigido pela Anatel. A cobertura está concentrada no centro expandido, entre as marginais Tietê e Pinheiros, e pega também uma parte da zona oeste e o início da zona sul
A área de maior concentração de antenas é também onde há mais prédios empresariais, polos de empregos e famílias com maior poder aquisitivo.
A falta de chips e de dispositivos atualizados para o 5G “puro” (standalone) reduzem o potencial da chegada da novidade aos brasileiros. Até agora o 5G puro já está presente em Brasília, Belo Horizonte, Porto Alegre e João Pessoa. As próximas capitas da lista são Goiânia, Salvador, Curitiba e Rio de Janeiro.
Simplificar regulamentação
Em reunião nesta segunda (01) do Conselho Consultivo da Anatel, foi analisado o relatório sobre a proposta de revisão de seu planejamento estratégico, documento que será encaminhado aos diretores.
Os conselheiros destacaram a importância do “Sandbox Regulatório”, que permitiria à agência lançar editais para que empreendedores ou startups de tecnologia possam testar, em caráter experimental e em período determinado, sob ambiente controlado, novos produtos ou serviços.
Em relação à simplificação da regulamentação de serviços de telecomunicações, a Anatel apresentou a proposta para debate com a sociedade por meio de consulta pública para receber contribuições, até 8 de setembro.
Esse processo resultará na revogação de 40 resoluções expedidas pela Anatel: haverá redução de 55% na quantidade de dispositivos (artigos, incisos, parágrafos e alíneas) dos normativos consolidados e de 57% da quantidade de páginas desses documentos.