Em audiência na Comissão de Minas e Energia, o ministro Bento Albuquerque afirmou que a Eletrobras investiu no ano passado R$ 3,3 bilhões, embora fossem necessários R$ 14 bilhões para atender às necessidades da estatal. Disse que a empresa precisa de “dinheiro de fora do governo para poder se manter”.
Para o ministro, a capitalização da Eletrobras é uma necessidade e “não perderemos o controle de absolutamente nada”. Destacou que não haverá qualquer aumento na tarifa de energia elétrica e que a segurança energética nacional estará garantida e preservada. “E todos os ativos da empresa continuarão pertencendo à União.”
Para o ministro, a nova Eletrobras não terá dono porque ela pertence à sociedade. “Ela terá investidores e qualquer coisa que venha atentar contra a segurança da energia no país o governo virá para resolver”, garantiu.
Na cerimônia de posse como novo presidente da empresa, no dia 7, Rodrigo Limp afirmou que vai dar sequência às ações já postas em execução, previstas no plano estratégico e no plano diretor de negócios e gestão da companhia.
Disse que o setor elétrico brasileiro demandará investimentos de mais de R$ 360 bilhões em geração e transmissão nos próximos dez anos. E que para que a Eletrobras consolide sua posição de protagonista da expansão do setor elétrico brasileiro, ela precisa estar capitalizada com capacidade de investimentos e ter competitividade frente a outros agentes do setor.
“Nesse sentido, é muito importante avançarmos no processo de capitalização”, declarou. Rodrigo Limp iniciou sua carreira na Aneel e foi consultor legislativo em matérias relacionadas a energia, mineração e recursos hídricos na Câmara.