Um relatório do Ministério Público Federal (MPF) aponta que a Odebrecht realizou dois pagamentos no valor total de R$ 5 milhões ao ex-senador Romero Jucá, presidente do MDB.
O documento foi anexado ao inquérito sobre Jucá que tramitava no Supremo Tribunal Federal (STF) e agora está na Justiça Federal de Brasília. O relatório foi incluído no sistema nesta quinta-feira (15/5).
Os R$ 5 milhões, conforme o relatório, seriam uma contrapartida à atuação de Jucá em favor de medidas provisórias de interesse da Odebrecht.
Procurado, o advogado de Jucá, Antônio Carlos de Almeida Castro, afirmou há uma tentativa de se “criminalizar” a política.
Quando as delações de executivos da Odebrecht se tornaram públicas, Jucá disse que sempre atuou dentro da legislação e não cometeu irregularidades.
De acordo com o relatório, o dinheiro foi repassado no dia 6 de julho de 2010, em duas entregas. A primeira, no valor de R$ 4 milhões, em São Paulo, e a segunda, em Brasília, no valor de R$ 1 milhão.
O relatório do Ministério Público
O relatório é de fevereiro deste ano e foi anexado a uma investigação aberta em 2017 para apurar a suposta participação de políticos do MDB em projetos de interesse da Odebrecht no Congresso.
Neste caso, Jucá é investigado por supostamente ter atendido a interesses da empreiteira na tramitação de duas medidas provisórias em troca de propina.