Em debate sobre eficiência energética, nessa segunda-feira (4), representantes do governo destacaram o papel do setor de energia para a competitividade da indústria. A coordenadora-geral de Eficiência Energética do Ministério de Minas e Energia, Samira Carmo, afirmou que cada R$1 investido para otimizar o uso energia gera R$3,40.
Eficiência energética e transição da matriz
A transição energética para uma matriz mais limpa é uma das principais pautas do governo Lula. Para descarbonizar as cadeias de produção, a eficiência também é um fator importante. O uso excessivo de energia na produção de bens e prestação de serviços aumenta o custo para as empresas e exige mais do sistema elétrico.
No cenário internacional de combate às mudanças climáticas, a avaliação é que os países precisam aumentar a taxa média global de melhoria da eficiência energética. Hoje ela está em 2% ao ano e precisa avaçar para mais de 4% ao ano.
Com isso, o governo brasileiro deve trabalhar em um índice mínimo de eficiência para edificações em 2025. De acordo com Samira Carmo, o setor é o que mais precisa de investimentos em redução do consumo de energia. Para a gestora, o Brasil possui potencial para aumentar o uso de energia nos setores produtivos e, por isso, a eficiência energética pode elevar ainda mais a competitividade da indústria.
O representante do Ministério do Meio Ambiente (MMA), Carlos Alexandre Pires, reforçou a possibilidade da eficiência energética favorecer as exportações de indústrias brasileiras.
— Tornar-se eficiente é fazer com que nossa indústria seja capaz de enfrentar, em pé de igualdade, outras indústrias mundo afora e não se tornar apenas produtora para o mercado interno ou de produtos de consumo aqui no Brasil.
Entre os projetos de lei em tramitação no Congresso Nacional, a Associação Brasileira das Empresas de Serviços de Conservação de Energia destacou as medidas PL 3447/21 e o PL 3324/21.