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Dino defende Moraes e diz que Itália deve colaborar, mas não há prazo para entregar vídeos

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O ministro da Justiça, Flávio Dino, defendeu nesta segunda-feira (17) o ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), agredido na sexta-feira (14) por um grupo de brasileiros no aeroporto internacional de Roma. Na avaliação de Dino, é pouco provável que Moraes tenha inventado a história.

“Temos um juízo de plausibilidade, ou seja, por negação, é implausível é improvável que o ministro invente uma narrativa dessa. É o quanto basta para a instauração do inquérito”, disse em entrevista ao Uol no início da tarde.

Moraes foi alvo de xingamentos de um grupo de brasileiros. Uma mulher hostilizou o ministro, chamando-o de “bandido, comunista e comprado”. O filho do magistrado também teria sido agredido.

Um dos suspeitos no caso, Alex Zanatta Bignotto, negou em depoimento à Polícia Federal (PF) no domingo (16) ter hostilizado Moraes ou agredido fisicamente o filho do magistrado. Outros dois envolvidos no episódio, o empresário Roberto Mantovani Filho e sua esposa, Andreia Mantovani, serão ouvidos na terça-feira (18).

Polícia Federal pede preservação de imagens

Após abrir inquérito, a PF pediu que o aeroporto de Roma preserve as imagens dos ataques sofridos pelo ministro. Dino afirmou que tem “certeza” de que haverá colaboração das autoridades italianas porque há um acordo “e esses acordos costumam ser cumpridos, não haveria razão para não cumprir, ainda mais que se trata de um interesse exclusivamente brasileiro” .

O ministro da Justiça, no entanto, disse que ainda não há um prazo para que as imagens das agressões sejam divulgadas pelo país europeu. Ele relembrou, ainda, o caso Thiago Brennand, no qual “houve êxito na cooperação jurídica” entre Brasil e Emirados Árabes. “Às vezes não há [cooperação], porque não tem essa obrigatoriedade. É um pacto entre os países em que há essa mútua colaboração”, pontuou.

Dino defendeu o direito de protesto contra autoridade, porém, ressaltou que é necessário que haja limites. “Se a pessoa quer protestar contra o ministro da Justiça, pode vir aqui na rua com cartazes e faixas protestar. Agora, já fui alvo quase uma dezena de vezes em locais públicos, acompanhado até de crianças. Isso não é legítimo, não é normal, não é aceitável, é reprovável e é crime”, criticou.

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