Todo ano, bilionários e líderes mundiais se encontram em uma pequena vila alpina por uma semana, transformando-a em um espetáculo extravagante de networking. Este encontro em Davos não é apenas um evento social, mas um palco para discussões valiosas, onde acordos são fechados e festas se estendem até altas horas.
Enquanto os líderes do mundo enfrentam as escorregadias ruas de Davos ou aguardam suas limusines avançarem pela via principal de sentido único, há momentos que tornam a experiência verdadeiramente única. É um cenário onde, ao se virar na fila do banheiro, você pode perceber que a pessoa atrás de você é Jane Goodall, ou, em outro momento, que a pessoa à sua frente é Sam Altman.
A falta de espaços de reunião em Davos é evidente, levando as mentes brilhantes a transformarem qualquer local que comporte uma mesa e cadeiras em uma sede temporária patrocinada. Para o JPMorgan, fotos de Wall Street decoraram um escritório normalmente compartilhado por uma empresa de skate, uma esteticista e um osteopata em Talstrasse, a uma quadra da via principal. O Bank of America realizou reuniões em um consultório médico com um esqueleto real no armário. A CNBC e a Filecoin Foundation, um grupo de blockchain, ocuparam a English Church e a denominaram de “Santuário Filecoin”. A gigante de investimentos KKR realizou encontros na parte do Belvedere Hotel que normalmente é destinada ao spa, substituindo uma mesa de massagem por uma de reuniões.
A semana anual em Davos transcende os convencionais encontros de elite, revelando um ambiente onde o prestígio se mistura com a peculiaridade. Davos, além de ser palco para negociações cruciais e festividades deslumbrantes, é um microcosmo onde o inusitado se torna parte integrante do processo decisório global, além de criar memórias inesquecíveis.