A população de bilionários da China está enfrentando uma pressão crescente para transferir suas riquezas para fora do país devido a uma série de repressões financeiras, um clima político tumultuado e uma economia em desaceleração sob a liderança do Presidente Xi Jinping. De acordo com a Forbes, o número de bilionários na China diminuiu, com pelo menos 562 de um total estimado de 2.640 bilionários em todo o mundo agora residindo na China.
Os bilionários chineses, segundo jornalista Amy Hawkins, têm buscado meios para transferir seus ativos para o exterior há algum tempo, apesar dos limites oficiais que permitem mover apenas US$ 50.000 anualmente. Eles têm utilizado meios tanto oficiais quanto não oficiais, como casas de câmbio em Hong Kong ou o direcionamento de dinheiro para negócios no exterior.
Os recentes mandados de prisão em Xangai destacaram a repressão do governo a transações ilegais de câmbio estrangeiro, enfatizando os rigorosos controles de capitais do país. A pandemia de COVID-19 interrompeu temporariamente a saída de fundos, com estimativas indicando que cerca de US$ 150 bilhões deixavam a China anualmente antes da pandemia.
No primeiro semestre de 2023, a China enfrentou um déficit na balança de pagamentos, sinalizando uma possível fuga de capitais. Além disso, a incerteza sobre as políticas econômicas futuras da China e as oportunidades de negócios tem incentivado muitos a considerar a transferência de seu dinheiro para fora do país.
A política do Presidente Xi de incentivar a “prosperidade comum” em 2021 foi interpretado como uma demanda por redistribuição de riqueza e alimentou a desconfiança entre as elites financeiras. A imposição de medidas de controle mais rigorosas foi agravada por figuras de destaque questionando os reguladores chineses.
A mudança de cenário tem levado os ricos e empresários da China a explorar planos de saída, com indícios de que estão se mudando para países vizinhos, como a Cingapura. A expectativa do número de pessoas com alto patrimônio líquido que devem deixar a China está aumentando, refletindo crescentes preocupações com os riscos políticos e a diminuição do atrativo da China como uma terra de oportunidades econômicas.